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Após 9 anos de alta, cai número de imóveis financiados com poupança

Menos lançamentos e alta de preço são apontados como motivos

MARIANA SALLOWICZ DE SÃO PAULO

O número de imóveis financiados no país com recursos da poupança caiu 8% em 2012 na comparação com o ano anterior, o primeiro resultado negativo desde 2002.

A queda foi puxada pela redução de 26% nas unidades financiadas pelas construtoras, que diminuíram os lançamentos para vender estoques.

"Foi um freio de arrumação para chegarmos a um patamar de equilíbrio", disse o presidente da Abecip (Associação Brasileira das Empresas de Crédito Imobiliário), Octavio de Lazari Junior.

Os dados sobre o uso da poupança -que financia imóveis com valor de avaliação de até R$ 500 mil- foram divulgados pela Abecip.

Segundo estimativa do Secovi-SP (sindicato da habitação), as construtoras lançaram 28 mil unidades na cidade de São Paulo em 2012, queda de 26% na comparação com o ano anterior.

Em volume, os financiamentos somaram R$ 82,8 bilhões, aumento de 3,6% na comparação com 2011, mas abaixo da estimativa do início do ano (R$ 103,9 bilhões). A alta ocorreu pela elevação de preços dos imóveis.

O economista-chefe do Secovi, Celso Petrucci, diz que o setor já apresentou uma reação no último trimestre. Lazari Junior também diz que houve sinais de recuperação no final do ano.

PREÇO

Outro motivo apontado pelo presidente da Abecip para a redução de 8% do número de financiamentos foi o aumento de preços.

Os imóveis, que já estavam valorizados por causa dos aumentos dos últimos anos, tiveram alta de cerca de 15% em São Paulo e no Rio no ano passado, segundo a Abecip.

Com isso, o número de imóveis financiados por pessoas físicas desacelerou. Na comparação anual, a alta foi de 7% em 2012, enquanto tinha ficado em 21%, em 2011, e 34%, em 2010.

Para os especialistas, este ano será favorável para a compra de imóvel. "Os bancos elegeram a carteira de crédito imobiliário como prioridade em 2013", diz o presidente da Abecip.

Petrucci afirma que os bancos devem reduzir os juros do crédito imobiliário. "Já estão num patamar baixo, mas ainda podem cair um pouco."

Lazari Junior também vê um cenário positivo. "As taxas de juros já estão baixas, o desemprego também e não deverá haver crescimento expressivo dos preços." A estimativa é de alta de 10% no ano em São Paulo e no Rio.

A entidade também espera que o governo dê uma resposta neste trimestre sobre o aumento no teto de preço dos imóveis que o trabalhador pode comprar com o seu saldo do FGTS, tanto à vista como financiado no SFH (Sistema Financeiro da Habitação). O pedido é que o máximo suba de R$ 500 mil para R$ 750 mil.


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