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Retomada do PIB ainda é frágil, afirmam analistas

DE SÃO PAULO

Indicadores recentes da atividade revelam que a recuperação do crescimento ainda é frágil e incerta.

Dados referentes ao desempenho da economia em dezembro são mistos.

Houve piora no fluxo de transporte de cargas nas estradas, na produção de papelão ondulado e na fabricação de caminhões, três medidores do ritmo da economia muito usados pelos analistas.

Isso alimentou dúvidas sobre a força da retomada, principalmente do investimento.

A economista Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, estima que o PIB (Produto Interno Bruto) tenha crescido menos no quarto trimestre (0,4%) do que no terceiro (0,6%). O dado oficial será divulgado pelo IBGE no início de março.

Com um resultado menor no fim do ano, ela diz que pode revisar para baixo a projeção de crescimento da economia em 2013, hoje em 3,2%.

"A atual dinâmica da economia não nos permite falar ainda em recuperação", diz.

O economista-chefe do Banco Fator, José Francisco Gonçalves, concorda que é cedo para se falar em recuperação. Ele ressalta que a expansão do crédito não deu sinais ainda de reativação: "Desde agosto esperamos uma retomada mais forte do crédito, que não tem ocorrido".

Apesar da fraqueza de indicadores importantes, a confiança do empresário da indústria tem se recuperado.

Outros sinais positivos foram o melhor resultado nas vendas e na produção de carros e nas consultas para concessão de crédito no varejo.

Para o economista Aurélio Bicalho, do Itaú, há sinais de que dezembro foi melhor do que novembro. Mas, para ele, também não é possível falar em recuperação sustentada:

"O problema é que tem ocorrido uma oscilação grande nos indicadores nos últimos três meses. Os resultados mais positivos de dezembro teriam de se manter por período mais prolongado para sinalizar recuperação mais forte da atividade".

A economista Silvia Matos, da FGV, observa que grande parte da insegurança dos analistas em relação à recuperação da atividade reside no comportamento do setor de serviços.

Depois do resultado negativo no terceiro trimestre, ela espera melhora do segmento. Mas insuficiente para recobrar o vigor do crescimento.

"Uma hora são os serviços que caem, em outra, é a indústria. A sensação é que a economia está parada neste início de ano", afirma.


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