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Fim de sigilo é estratégia das Cayman para limpar nome

Território britânico vai criar banco de dados público sobre seus fundos

Plano foi delineado por pressão de investidores que hoje não obtêm detalhes sobre fundos de hedge e executivos

SAM JONES DO “FINANCIAL TIMES”

As ilhas Cayman, um território ultramarino do Reino Unido que deseja se livrar de sua reputação como polo de atividades financeiras clandestinas, vão adotar reformas abrangentes que tornarão públicos os nomes de milhares de empresas e dirigentes até agora mantidos em sigilo.

Em propostas enviadas a fundos de hedge com sede na localidade, a agência de fiscalização financeira das ilhas, a Cima, delineou planos para, pela primeira vez, criar um banco de dados público sobre os fundos domiciliados no território.

O banco de dados também identificará os membros dos conselhos dos fundos, após processo de consultas que deve se encerrar em março.

A Cima planeja também requerer que os conselheiros se submetam a verificação de credenciais, para garantir que estejam qualificados para exercer responsabilidades em nome dos investidores.

A decisão surge em meio a críticas à falta de transparência e às leis de proteção à privacidade empresarial muito duras que o paraíso fiscal adotou nos últimos anos.

Além de ataques de políticos dos EUA e da União Europeia, a maior pressão por mudanças vem de investidores em fundos de hedge.

Muitos dos maiores fundos mundiais de pensão até agora não têm como obter detalhes sobre os fundos com sede nas Cayman, por meio dos quais fazem investimentos, ou sobre seus conselheiros.

"Estamos gritando por mais transparência já há algum tempo", diz Vincent Vandenbroucke, diretor de normas e transparência da Hermes BPK, que investe em fundos de hedge em nome de fundos de pensão britânicos.

Em 2011, o "Financial Times" revelou que alguns diretores de companhias sediadas nas Cayman eram integrantes de centenas de conselhos de fundos de hedge.


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