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Reserva contra calotes morde lucro do Bradesco

Provisões para devedores duvidosos crescem 27% em 2012 com relação a 2011

Inadimplência em alta faz bancos serem mais conservadores; carteira de crédito teve alta de 11,5% no ano passado

MARIA PAULA AUTRAN DE SÃO PAULO

Em meio a um cenário de inadimplência resistente à queda, o Bradesco aumentou em 27,1% as provisões para devedores duvidosos -espécie de colchão que os bancos podem fazer para casos de não pagamento- em 2012. O total chegou a R$ 13 bilhões.

A medida teve impacto nos resultados, divulgados pela instituição, que abriu a temporada de balanços ontem.

O lucro líquido ajustado, que descarta eventos extraordinários, ficou em R$ 11,523 bilhões, cerca de 3% acima do registrado um ano antes.

Segundo Erivelto Rodrigues, presidente da Austin Rating, o resultado foi altamente influenciado pelo aumento nas provisões.

A inadimplência total -medida pelas operações vencidas com mais de 90 dias- ficou estável ante o terceiro trimestre, em 4,1%, mas teve alta em relação ao ano anterior, quando era de 3,9%.

"O fato de a inadimplência ter apresentado um substancial aumento em 2012 vai fazer com que os bancos sejam conservadores, principalmente os grandes, que têm lucro para poder fazer provisões adicionais para enfrentar essa inadimplência", diz.

"As provisões realmente foram grandes e isso compromete um pouco o crescimento do resultado, tanto que ele foi muito próximo do de 2011", diz, lembrando que, por outro lado, o conservadorismo é positivo em cenário de risco.

O presidente-executivo do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, disse que espera uma queda gradual da inadimplência.

Para André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos, a situação da economia do país -com um novo cenário de taxa básica de juros em 7,25%- inspira mais cuidados.

"Os bancos têm que antecipar as condições macroeconômicas para poder ofertar crédito de forma segura."

CRÉDITO

O banco aumentou sua carteira de crédito no ano passado em 11,5% na comparação anual, chegando a

R$ 385,5 bilhões.

A instituição espera um aumento na carteira de crédito de cerca de 15% neste ano, no centro da meta do banco.

AÇÕES

As ações preferenciais (sem direito a voto) do Bradesco, as mais negociadas, tiveram queda de 3,07% ontem, chegando a R$ 36,59.


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