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Dólar baixo não eleva investimento, diz FIESP

TATIANA FREITAS DE SÃO PAULO

O dólar abaixo de R$ 2 começa a preocupar a indústria, embora o setor confie que o governo não permitirá maior apreciação do câmbio.

O diretor de Comércio Exterior da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Roberto Giannetti da Fonseca, afirma que a valorização cambial prejudica a rentabilidade das empresas e, portanto, não incentiva os investimentos.

Folha - A mudança na taxa de câmbio acende o sinal amarelo para a indústria?
Roberto Giannetti da Fonseca - É muito cedo e nem é um sinal amarelo. Nós temos até elogiado o BC e não vamos mudar isso por causa de uma flutuação além das expectativas. O Brasil não vai deixar o câmbio apreciar. Esse seria um erro trágico, eu diria até definitivo, para a competitividade da nossa indústria.

Qual é a taxa de câmbio adequada para o setor?
Eu diria que entre R$ 2,20 e R$ 2,30 é um nível de conforto. Não prejudica tanto a importação e também ajuda a exportação, o nível do emprego, da capacidade industrial e do investimento, que fica mais atrativo, porque as empresas passam a ter escala e lucro.

Então o dólar abaixo de R$ 2 começa a preocupar?
Claro, preocupa, nos deixa aflitos. Mas não perdemos a confiança no governo. Se houve deslize, ocorreu porque há uma tendência de valorização do dólar no mundo e porque tivemos uma certa dor de barriga com a inflação.

O câmbio mais valorizado pode incentivar investimentos?
Isso é uma falácia. Quem vai aumentar a capacidade produtiva se não tiver lucro? Você só vai aumentar a sua capacidade quando a produção corrente for rentável.
Esse argumento de que o câmbio valorizado é bom para os investimentos porque os bens de capital ficam baratos é falso e parte de quem está tentando iludir a plateia com o objetivo da especulação.


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