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Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

Milho impede receita maior da safra nos EUA

Apesar da seca e da redução de produção de grãos nos Estados Unidos, o valor da safra norte-americana subiu para US$ 226 bilhões (R$ 450 bilhões) no ano passado.

Ao atingir esse valor, a alta foi de 6,6% em relação à de 2011. Esses valores incluem grãos, frutas e vegetais.

As maiores receitas vêm do setor de grãos, que somaram US$ 188 bilhões, 7,4% mais do que em 2011. Assim como no Brasil, milho e soja dominam a produção nos Estados Unidos. A diferença é que o cereal supera, em muito, a produção da oleaginosa.

Em 2011, o setor de grãos foi impulsionado pela soja, cujo valor atingiu US$ 43 bilhões, 12% mais. Já o milho, apesar do aumento médio de 16% nos preços, manteve receitas de US$ 77 bilhões.

Os dados são do Usda (Departamento de Agricultura dos EUA), que acompanha os preços dos 21 principais produtos do setor de grãos.

No Brasil, o crescimento do valor da produção foi superior: 6% em 2012. O volume financeiro dos 18 principais produtos subiu para R$ 244 bilhões (próximo de US$ 122 bilhões), segundo o Ministério da Agricultura.

Na área de frutas, as receitas, vindas principalmente de uva e de cítricos, somaram US$ 26 bilhões nos EUA, com evolução de 8,3%. Os vegetais atingiram US$ 12 bilhões.

Apesar da pouca importância do milho e da soja na produção da Califórnia, o Estado é o de maior receita agrícola, atingindo US$ 28 bilhões. As receitas vêm de frutas e vegetais.

Minnesota e Illinois, impulsionados pelo milho e pela soja, vêm a seguir, com valores próximos de US$ 16,5 bilhões cada um em 2012.

A quebra de safra em vários dos principais países produtores elevou os preços das commodities, o que permitiu renda maior aos produtores. Nos últimos dois anos, o trigo e o milho tiveram alta de 39% nos EUA, enquanto a soja subiu 27%. O algodão caiu 19%, reduzindo as receitas do setor para US$ 6 bilhões.

O feno, que teve aumento de 68% nos preços nos dois últimos anos -afetando os custos dos criadores de animais- atingiu US$ 19 bilhões no ano passado.

Peso na balança As importações de cereais para moagem somaram US$ 16 milhões por dia útil neste mês, 50% mais do que em 2012.

Mais custo O país está elevando as importações de trigo em um momento de pressão nos preços no mercado externo, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Competitivo O trigo deverá ser economicamente mais competitivo do que o milho neste inverno, segundo cálculos do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).

Rentabilidade Tomando como base o norte do Paraná, a rentabilidade do trigo seria de 38,5%, considerando preços e custos. A do milho, de 15,3%.

Adubos As compras de fertilizantes também pesam mais na balança comercial. Nas três primeiras semanas deste mês, os gastos externos somaram US$ 24 milhões por dia útil, 28% mais do que em igual mês de 2012, segundo a Secex.

Cobertor curto As contas não fecharam no ano passado para os pecuaristas de Mato Grosso, segundo estudo divulgado pela Acrimat (associação dos criadores do Estado).

Perdas O estudo indica que em dezembro o preço médio pago pela arroba era de R$ 84,87. Já o custo operacional total -que inclui a depreciação dos ativos da propriedade- era de R$ 87,75, segundo a Acrimat.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Londres

Alumínio

(US$ por tonelada)2.086

Cobre

(US$ por tonelada)8.076

Mercado interno

Trigo

(R$ por saca)39,79

Milho

(R$ por saca)27,50


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