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Comércio fecha vaga, e emprego desacelera

Setor registra pior desempenho desde 1992, e geração de postos com carteira assinada recua 76% em janeiro

Ministério do Trabalho vê perda no dinamismo do emprego; indústria, no entanto, recupera-se na esteira de estímulos

CAROLINA OMS DE BRASÍLIA

O Brasil criou 28,9 mil novos postos de trabalho com carteira assinada em janeiro, número 75,7% inferior ao do mesmo período do ano passado (118,895 mil).

É o pior resultado para o mês desde 2009, quando foram fechadas 101.748 vagas. Naquele momento, o país começava a sentir os efeitos da crise financeira internacional.

Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a partir dos números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

"O resultado indica uma perda de dinamismo do emprego já apontada, em menor grau, em 2012", disse Rodolfo Torelly, diretor do Departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho.

O setor de comércio puxou a desaceleração, ao reduzir o número de vagas em 0,75%, resultado do fechamento de 67.458 postos de trabalho.

Trata-se do pior resultado para o setor em janeiro desde o início da série histórica, que começou em 1992.

Torelly admite que o mês foi fraco. "[O resultado] Não é péssimo porque é positivo", disse, referindo-se ao desempenho da indústria. O setor industrial criou 43,4 mil postos formais em janeiro, o quarto melhor resultado em janeiro da série histórica.

Segundo o diretor, a criação de empregos na indústria é resultado dos estímulos do governo para esse setor.

"A construção e a indústria já começaram a se recuperar. A indústria é a joia da rainha, e o efeito pode se prosperar para outros setores."

CONTRAPONTO

No entanto, na opinião do economista da Tendências Consultoria, Rafael Bacciotti, ainda é cedo para dizer que a recuperação da indústria é sustentável.

"A competitividade da indústria é bastante limitada."

Para Bacciotti, um ambiente de pleno emprego reduz a incorporação de mão de obra e acaba limitando o crescimento da economia.

No início do ano, o Ministério do Trabalho estimou a criação de aproximadamente 2 milhões de empregos formais em 2013.

Segundo Torelly, "se [a criação de vagas] seguir nesse ritmo, é claro que não vai atingir essa meta", mas ele espera que os próximos meses mostrem reação.

Embora avalie com otimismo os números apresentados pela indústria, o economista da LCA Consultores, Caio Machado, ressalva que o ritmo de contratações do setor não vai se manter nos próximos meses.

Segundo o economista, no ano passado, a indústria ainda tem espaço para aumentar a produção sem precisar contratar.


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