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Alta de alimentos reduz efeito da queda da energia

Prévia da inflação recua em fevereiro, mas fica acima do que era esperado

Alimentação em casa avança 2,12%, e IPCA-15 sobe 0,68% no mês, ante 0,88% em janeiro

DE SÃO PAULO

A prévia da inflação de fevereiro, divulgada ontem pelo IBGE, recuou em relação à do mês anterior. Mas, segundo economistas, a persistência de reajustes de alimentos e de serviços não sugere alívio, mesmo com o corte do preço da energia elétrica.

O IPCA-15 subiu 0,68% em fevereiro, ante 0,88% em janeiro. Ajudou a queda de 13% da energia. Mas os alimentos subiram com mais força.

A alimentação em casa ficou 2,12% mais cara. Em janeiro, o aumento havia sido de 1,66%. Levantamento do Banco Fator mostra que a alta do grupo na prévia de fevereiro foi maior do que a média para o período dos últimos quatro anos -0,5%.

A diferença deve-se a aumentos, entre outros itens, de farinhas (+6,6%) e tubérculos (+19%).

Isso fez a inflação ficar acima do que esperavam analistas. No mercado, o resultado foi recebido com mais apostas de aumento da taxa básica de juros, hoje em 7,25% ao ano, para conter os preços.

Contratos de juros futuros indicam que investidores apostam que o Banco Central possa aumentar a taxa ainda no primeiro semestre.

Contratos de juros futuros com vencimento curto subiram com intensidade ontem na BM&F. Para janeiro de 2014, a taxa negociada no mercado está em 7,83%.

A economista Marianna Costa, da corretora Link, ainda prevê que os juros devam subir apenas no fim do ano (outubro). Mas crescem as chances de ela antecipar a projeção, devido à persistência de alta dos preços.

"Para muitos economistas, a atual inflação já seria suficiente para um aumento de juros. Mas como o BC vai reagir é a grande questão", diz.

Ela observa que a inflação tende a perder fôlego no segundo semestre, como prevê o BC. Mas essa desaceleração pode não ser tão intensa.

"Basta uma leve alta nos preços das commodities e temos uma pressão adicional."

Economistas preveem, entretanto, que os aumentos de preços dos alimentos devem perder intensidade até o fim do mês. A inflação desses itens já recuou no atacado.

Mas preços de serviços (+1,3% em fevereiro) e de duráveis, como eletrodomésticos e automóveis, seguem em alta. Mais de 70% dos itens monitorados pelo IBGE ainda estão subindo de preço. (MARIANA CARNEIRO)


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