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Mercado de prédio verde floresce em São Paulo

Estoque de edifícios com apelo ambiental cresce 145% em três anos

Em razão do alto custo das obras, o mercado para essas construções ainda está restrito às grandes empresas

MARIANA SALLOWICZ DE SÃO PAULO THIAGO SANTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Os projetos de edifícios sustentáveis crescem rapidamente em São Paulo. O estoque de metros quadrados dos chamados prédios verdes aumentou 145% desde 2010 na capital e em Alphaville.

A expectativa para este ano é de uma alta de 47% na comparação com 2012.

Além do benefício ambiental, as principais vantagens apontadas por especialistas são a possibilidade de agregar valor à imagem da empresa, a economia de energia -estimada em 10% em relação aos edifícios comuns- e o menor consumo de água.

"As empresas não estão fazendo isso apenas por preocupação ambiental, mas também por estratégia de negócio", afirma Antonio Macêdo Filho, gerente de Green Building da Cushman & Wakefield, consultoria que elaborou o estudo para a Folha.

CUSTO

Apesar disso, esse nicho ainda tem uma pequena participação no mercado da construção.

Em São Paulo, representa 7,8% do estoque total existente, enquanto é ainda menor no Rio (4,2%) e em Curitiba (1,4%), de acordo com dados do terceiro trimestre de 2012.

O custo mais elevado é um dos empecilhos para o crescimento do segmento.

Segundo Murilo Cerdeira, diretor-executivo da incorporadora Brasilincorp, a obra pode ser de 5% a 10% mais cara do que a de um prédio tradicional.

O tempo de construção também é maior. "Concluímos um empreendimento do tipo em 32 meses, dois meses a mais que em um prédio tradicional."

Já Macêdo Filho diz que o custo adicional para uma certificação básica pode ser zero se houver planejamento desde o início. "Já possuímos material e equipamentos de alta eficiência ambiental sem custo adicional."

Em níveis de certificação mais elevados, no entanto, o gerente diz que o sobrecusto pode chegar a 16%.

VALORIZAÇÃO

Para ele, no entanto, os benefícios suplantam os custos. "Os prédios vendem mais rápido. Há estimativa de que haja um valorização de 10% a 40% na venda."

Hilton Rejman, diretor de desenvolvimento da CCP, braço de imóveis corporativos da Cyrela, diz que a tendência é a diminuição de custos. "Todas as empresas estão investindo no modelo. Vai se tornar uma regra no mercado."

Para Cerdeira, o custo de um prédio verde ainda é inviável para imóveis residenciais. "A pessoa física ainda não está disposta a pagar o custo extra nem enxerga os benefícios do modelo."

Por esse motivo, esse mercado ainda é quase restrito às grandes companhias.


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