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Análise

Capacitação ainda é desafio ao empreendedorismo feminino

CRISTINA BONER ESPECIAL PARA A FOLHA

O crescimento das mulheres no mercado de trabalho e no meio empreendedor é um fato já observado há anos. A transformação que merece destaque é que a busca pela inclusão profissional não se restringe às classes mais favorecidas.

O movimento de mulheres nas classes C, D e E que almejam uma emancipação profissional e ampliam a sua participação no orçamento familiar aumentou nos últimos cinco anos.

O Data Popular aponta que as mulheres hoje circulam R$ 741 bilhões por ano na economia brasileira. Elas são referência da movimentação econômica e, acima de tudo, a base do desenvolvimento de nossa sociedade.

Na visão de empreendedora, nas classes A e B, segundo dados do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), as mulheres somam metade dos novos empreendimentos brasileiros, número que era inferior a 30% há dez anos.

No entanto, é com as mulheres das classes C e D que observamos a transformação mais rápida e significativa.

Cada vez mais as atividades do lar são acrescidas de novos afazeres, como auxiliares domésticas, atendentes de telemarketing e mesmo em funções antes reservadas aos homens, como técnicos de informática.

A procura por cursos de capacitação gratuitos oferecidos pela ONG AME (Associação de Mulheres Empreendedoras) atesta isso. Mais de 3.000 mulheres já foram atendidas e um número bem maior busca, diariamente, essa oportunidade. Fica claro, portanto, que a barreira cultural está ruindo. Mas ainda existe outra que precisa ser superada: a da capacitação.

Não se trata da formação de grandes executivas ou donas de grandes negócios, mas do apoio às mulheres para transformar uma situação que muitas vezes é vista como imutável e precária.

Afinal, o empreendedorismo está no conceito da transformação de uma condição de vida, e não apenas no advento monetário.

Esse é o primeiro passo para as futuras empreendedoras, que, muitas vezes, se unem para montar cooperativas e passam a oferecer serviços, produtos e mão de obra especializada.

Elas acreditam que o investimento numa aprendizagem profissional é vantajoso para suas vidas e para quem vive com elas. A sociedade depende de uma transformação contínua, e o enriquecimento cultural, de apoio.

Essa transformação só ocorre para quem tem coragem de buscar isso.

As mulheres de famílias menos favorecidas ensinam como a união do esforço com a oportunidade de aprender é o caminho mais eficiente para o ingresso na estatística positiva de nossa economia.


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