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Análise

Há espaço para retomada sem aumentar nível de emprego

RODRIGO NISHIDA ESPECIAL PARA A FOLHA

O expressivo avanço de 2,5% da indústria em janeiro surpreendeu boa parte dos analistas, sobretudo a evolução do segmento de bens de capital, que registrou alta de 8,2% sobre dezembro.

Entretanto, a recuperação ainda é gradual e ocorre de maneira um tanto irregular -a estimativa preliminar para fevereiro é de um recuo de cerca de 2% sobre janeiro.

Ainda assim, a produção da indústria deverá crescer 3,5% em 2013, após recuo de 2,6% em 2012.

Os principais motivos para essa perspectiva são:

1) a base de comparação deprimida;

2) o nível recorde da safra agrícola, que deverá dinamizar os demais setores que compõem a agroindústria;

3) os efeitos defasados e cumulativos da queda da Selic, bem como das taxas de juros aos consumidores e empresários;

4) a recuperação gradual da economia global;

5) a manutenção do câmbio em patamar estável e menos valorizado ao longo de todo o ano (estimulando exportações e desestimulando importações);

6) a adoção de medidas pró-competitividade e pró-investimento, como a desoneração da folha de pagamento de vários setores industriais, a redução das tarifas de energia e a manutenção pelo BNDES de taxas nominais reduzidas.

Caso essa perspectiva de aumento da produção industrial se confirme, muito provavelmente ela ocorre rá com forte elevação cícli ca da produtividade, uma vez que os indicadores de emprego sugerem que em 2012 a indústria não demitiu na mesma velocidade da queda da produção.

Portanto, com exceção de poucos setores, há espaço para aumento da produção sem a necessidade de contratação de novos trabalhadores ou grandes inversões em capital.

Contudo, ganhos duradouros de produtividade só serão sustentáveis com o aprofundamento de medidas pró-competitividade, como a solução dos gargalos de infraestrutura, a concretização de algumas reformas e a melhora da qualidade da educação.


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