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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Dados desencontrados dificultam setor de café

O produtor de café volta a viver dias agitados, devido às dificuldades de mercado. Os problemas vão de elevação de custos à queda de preços.

Essas dificuldades passam também pela convivência com informações desencontradas no setor, o que torna difícil a tomada de decisões.

A avaliação é de João Lopes Araújo, presidente da Assocafé (Associação de Produtores de Café da Bahia).

Entre as informações desencontradas, ele inclui as pesquisas de safra. Elas melhoraram, mas ainda não têm muito a ver com a realidade.

No ano passado, falava-se nos menores estoques de café da história e produção de 51 milhões de sacas.

O volume de café que já circulou por indústrias, exportadores e consumidores ultrapassa esse patamar e todo dia aparece mais café no mercado, diz Lopes, que é produtor na Bahia há 42 anos.

"Não quero criar polêmica com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento e órgão responsável pela avaliação da safra), mas temos de fazer uma correção de rumo."

Uma previsão errada de safra custa caro para o produtor, que perde o momento melhor de vender e, consequentemente, o valor mais adequado para o produto, diz.

Lopes pretende colocar em discussão o assunto no tradicional encontro de produtores na Agrocafé, um simpósio que se realizará em Salvador a partir da segunda-feira.

Há uma forte preocupação dos produtores, também, com a seca que afeta os cafezais. "Nesses 42 anos de produção na Bahia, nunca vi uma seca tão forte", diz ele.

Mesmo tendo uma safra prejudicada pelo clima, os produtores continuam recebendo menos pelo café.

Na avaliação do presidente da Assocafé, o produtor está frustrado. O setor vai aproveitar esse momento do simpósio para pedir ao governo preços mínimos de R$ 340 para a saca de arábica e R$ 180 para a de conillon.

Além disso, espera uma linha de financiamento para indústrias e exportadores, além da realização de leilões tipo Pepro (Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural).

Se não houver um freio nessa queda de preços, o valor do produto irá cada vez mais ladeira abaixo, com um impacto muito grande na renda e na capacidade de investimentos dos produtores, afirma ele.

Biodiesel A Bunge Brasil inaugurou ontem a primeira fábrica para a produção de biodiesel no Brasil. Localizada em Nova Mutum (MT), a indústria exigiu investimentos de R$ 60 milhões e vai produzir 150 mil m³ de biodiesel por ano.

Outros países Pedro Parente, presidente e CEO da Bunge, diz que a opção pela produção se deve a avanços na regulamentação do setor, com normas mais claras e que permitem a expansão do setor.

Ainda não acredita O Usda (Departamento de Agricultura dos EUA) ainda não avaliou totalmente os efeitos do clima sobre as lavouras de soja da Argentina e do Brasil. É o que mostra o relatório de oferta e demanda de ontem.

Acima O órgão oficial dos EUA ainda prevê a safra de soja da Argentina em 51 milhões de toneladas e a do Brasil em 83,5 milhões. Esses volumes superam as estimativas locais.

Flórida O suco de laranja foi a US$ 1,36 por libra-peso em Nova York ontem, com alta de 9,8%. O aumento se deve à redução da safra da Flórida para 139 milhões de caixa.

Milho A produção da segunda safra poderá atingir 40 milhões de toneladas, segundo a Safras & Mercado.

Em queda Após forte aceleração, o etanol hidratado recuou para R$ 1,2570 por litro nas usinas paulistas nesta semana, 0,4% menos do que na anterior, mostra o Cepea.


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