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Análise

Falta de gestão profissional é entrave para voos mais altos

RICARDO NEGREIROS ESPECIAL PARA A FOLHA

O Brasil é hoje uma potência econômica, apesar do pibinho de 2012. Ainda falta muito para eliminar a miséria, mas temos desemprego baixo. Mas como alcançar novos patamares econômicos?

É preciso incrementar, obviamente, a infraestrutura, seja na área de transportes e energia, seja na de educação.

Existe muito dinheiro de bancos e fundos de investimento à disposição de bons empreendimentos privados ou não. Mas tudo é muito lento ou não acontece de maneira totalmente eficiente. Então, qual é o problema?

O Brasil tem profissionais entre os mais reconhecidos no mundo em engenharia e medicina. Mas não é possível dizer o mesmo de administradores e de contadores.

Nos Estados Unidos e em países da Europa, esses profissionais são reverenciados. É claro que temos excepcionais representantes dessas áreas no Brasil, mas há também um imenso amadorismo, com alto custo.

Por que empresas pequenas, e mesmo grandes (inclusive bancos), fecham tão cedo? Quantas se tornam altamente endividadas sem ao menos saberem como isso ocorreu? Quantas não conseguem receber investimentos pela simples incapacidade de demonstrar o seu resultado?

É grande o número de empreendedores que operam seus negócios em voos completamente cegos, desorganizados, orientando-se apenas por meio de uma frágil gestão diária da tesouraria.

É preciso haver maior respeito pelas ferramentas do bom gestor: a contabilidade, com seus balanços, controles e fluxos de caixa. Só assim é possível atrair a confiança dos investidores e o respeito do banco na hora de alongar dívidas. A governança depende de informações confiáveis e transparentes.

Até os anos 80, empreendedores eram raros, com a grande massa querendo trabalhar para o Estado -Petrobras, BB, Caixa etc.

Empreender é algo novo por aqui. Então, ainda não se entende nem se apoia devidamente o nobre papel do contador, limitando-o como especialista fiscal e trabalhista. O resultado é que pequenas e grandes corporações ainda perecem pela falta de um acompanhamento técnico dos indicadores de desempenho gerados por uma contabilidade competente.

É preciso haver esses controles já no início do negócio. A contabilidade é a linguagem universal de registro e de comunicação dos eventos econômicos nas empresas. O administrador que a negligencia gosta de riscos.


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