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Análise

Protagonistas da informação passam a controlar mensagem

NELSON DE SÁ DE SÃO PAULO

A principal conclusão do Pew é que os cortes de cobertura -e de jornalistas- na imprensa e na TV, nos Estados Unidos, explicam a fuga de quase um terço dos leitores e telespectadores. Como caiu a informação, foram buscá-la em outras partes.

Por outras partes, entendam-se os governos, as corporações e outros, hoje adeptos da comunicação direta. Sem escrutínio, os protagonistas controlam cada vez mais a mensagem.

Nos Estados Unidos, assim como no Brasil, já existem Redações de relações públicas com mais profissionais do que Redações de jornais e televisões.

Segundo o relatório comandado por Amy Mitchell, os protagonistas não só estão produzindo mais, diretamente, como "estão tendo mais sucesso na transmissão de sua mensagem à narrativa tradicional da mídia".

Na eleição presidencial de 2012, dois terços dos relatos sobre a personalidade e a biografia dos candidatos, na mídia, nasceram nas campanhas. Três eleições atrás, a maioria tinha por origem os jornalistas.

No fim do ano, a "Vanity Fair", após oito meses ouvindo Obama e outros para um perfil, admitiu ter aceito a exigência de ter as declarações aprovadas pela Casa Branca, antes da publicação.

Outro dado esclarece a transferência de poder: em 2012, para cada dólar de publicidade conquistado on-line, perderam-se US$ 16 em papel.

Daí os cortes de cobertura e a corrida por outras fontes de receita, como o chamado "paywall" (muro de pagamento). Segundo o Pew, um terço dos diários americanos já cobrava pelo acesso on-line no fim de 2012.

E ontem mesmo o último dos grandes jornais americanos a resistir ao "paywall", o "Washington Post", anunciou que vai erguer o seu até a metade deste ano.


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