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Criação de vagas recua 18%, mas é maior que a esperada

Puxado por setor de serviços, mercado de trabalho gera 123 mil postos em fevereiro

Apesar de melhora em relação a janeiro, economistas são cautelosos em projeções para os próximos meses

CAROLINA OMS DE BRASÍLIA

O Brasil criou 123,4 mil postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro, número 18% inferior ao do mesmo período do ano passado (150,6 mil).

É o pior resultado para o mês desde 2009, quando foram abertas 9.179 vagas, mas veio acima do esperado por economistas. Em janeiro, houve criação de 28,9 mil vagas com carteira assinada.

Pesquisa da Reuters feita com analistas de mercado mostrou que a mediana das expectativas era de abertura de 95 mil vagas.

Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a partir dos números do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Para o Ministério do Trabalho, esse desempenho "pode estar assinalando uma reação do mercado de trabalho".

Para o economista-chefe do banco J. Safra, Carlos Kawall, embora a criação de vagas tenha sido "melhor" do que em janeiro deste ano, ainda não há uma retomada forte da geração de empregos.

O economista da LCA Consultores Fabio Romão também acredita que o resultado seja positivo, mas é cuidadoso ao fazer projeções.

"É mais um sinal nesse sentido [de recuperação da economia], mas estamos naquele limbo de notícias boas e más. Parece que agora as boas começam a preponderar", afirmou Romão.

SETORES

O setor serviços liderou a criação de vagas, com 82 mil postos em fevereiro, depois de "um desempenho bastante tímido" em 2012, disse o Ministério do Trabalho.

A indústria gerou 33,5 mil postos. "A indústria começa o ano bem, com criação de vagas mesmo quando descontados os efeitos sazonais [influenciados por determinado período do ano]", avalia Kawall, do J. Safra.

Romão, da LCA, destaca ainda que o setor é o primeiro a sentir as mudanças da atividade econômica. "A criação de vagas é um bom sinal."

A construção civil criou 15,6 mil vagas. Para o Kawall, a construção deve se beneficiar dos investimentos públicos em infraestrutura ao longo de todo o ano.

Já o comércio fechou 10,4 mil vagas. Mas os economistas ressalvam o efeito das dispensas dos contratados para as festas de fim de ano.

"Fevereiro não seria um bom mês para o comércio, mas a queda foi melhor do que se poderia esperar", disse o economista do J. Safra.


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