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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Líder, Ucrânia barra a carne suína do Brasil

A Ucrânia, principal importadora de carne suína do Brasil em 2012, está fechando as portas ao produto brasileiro. Os ucranianos lideraram as importações em volume, mas não em valores, posto mantido pela Rússia.

O serviço oficial de controle sanitário ucraniano enviou comunicado à embaixada brasileira na Ucrânia comunicando as imposições à entrada do produto brasileiro.

O governo brasileiro não tem, ainda, os detalhes dessas restrições. Só depois que tiver os motivos que levaram a Ucrânia a tomar essa decisão o Brasil vai avaliar as medidas a serem tomadas.

A decisão da Ucrânia pode ser mais uma extensão das imposições da Rússia. Os russos, para frear as crescentes exportações brasileiras, colocaram imposições sanitárias, consideradas pela mercado brasileiro apenas como barreiras comerciais.

As restrições russas, impostas no início do segundo semestre de 2011, resultaram em uma forte queda de vendas de carne suína brasileira para aquele mercado.

Se as compras russas caíram, as dos vizinhos dela, principalmente as da Ucrânia, avançaram rapidamente. Parte dessa carne estaria sendo enviada à Rússia.

Em recente visita ao Brasil, o diretor do serviço sanitário russo manifestou a intenção de verificar essa eventual entrada de carne brasileira na Rússia via Ucrânia.

Os ucranianos importaram 24% da carne suína exportada pelo Brasil no ano passado, sendo o principal destino da carne brasileira. Foram 139 mil toneladas, no valor de US$ 359 milhões.

Os ucranianos roubaram o posto de líder da Rússia, tradicional importadora do Brasil. Mesmo perdendo o primeiro posto em volume, os russos foram os que mais gastaram com compras de carne suína no Brasil. As importações russas somaram 127 mil toneladas, no valor de US$ 367 milhões no ano.

Aos poucos, a Rússia aumenta as compras de carne suína do Brasil. É o que está ocorrendo neste ano: os russos importaram 23 mil toneladas no primeiro bimestre deste ano, no valor de US$ 67 milhões. Lideraram tanto as compras em volume como em valores no período.

As exportações totais de carne suína somaram 581 mil toneladas em 2012, atingindo o valor de US$ 1,5 bilhão no período, conforme dados da Abipecs (Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína) e da Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Efeito safra 1 O preço do arroz pago ao produtor do Sul está em queda. O recuo foi de 3% ontem, com o valor médio da saca sendo negociado a R$ 30, conforme pesquisa da Folha. Nos últimos 30 dias, o produto teve queda de 10% no campo.

Efeito safra 2 Essa queda se deve, em parte, à maior oferta, uma vez que a colheita avança e está em 40% da área plantada. Além disso, há um esforço do governo para uma redução dos preços dos produtos básicos devido à pressão inflacionária.

No limite Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul não olham com bons olhos essa queda de preços que ocorre no campo e tentam reduzir as vendas para que o produto não seja negociado a valores inferiores a R$ 30 por saca.

Custos O temor do produtor é que, se for mantida essa tendência de queda, os preços fiquem abaixo dos custos de produção. Mesmo com a queda, o arroz ainda supera em 18% os valores de há um ano.

Perdas Plantio precoce e chuva na colheita fazem com que a soja saia do campo com umidade elevada em Mato Grosso. O resultado é uma perda acumulada de R$ 903 milhões para o produtor no primeiro um terço de safra colhida.

Números Os dados são do Imea (Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária). As perdas atingem 393 mil hectares, somando 1,18 milhão de toneladas.

De olho no preço

COTAÇÕES

Chicago

Soja
(US$ por bushel) 14,20
Milho
(US$ por bushel) 7,33

Londres

Petróleo
(US$ por barril) 108,72
Chumbo
(US$ por tonelada) 2.163


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