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Deficit com o exterior deve crescer 23% e bater novo recorde

Aumento das importações deve levar a rombo de US$ 67 bi nas transações correntes neste ano, prevê Banco Central

Saldo negativo nos 2 primeiros meses é de US$ 18 bi; turista do país gastou US$ 1,9 bi no exterior em fevereiro

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

Diante da perspectiva de queda no superavit da balança comercial neste ano, o Banco Central aumentou em US$ 2 bilhões a projeção para o deficit nas transações correntes do país.

O rombo agora deve ser de US$ 67 bilhões, segundo a autoridade monetária.

O cálculo das transações correntes inclui -além dos dados de importações e exportações que compõem o saldo comercial- a balança de serviços e a de rendas, na qual estão as trocas financeiras entre o Brasil e o exterior, como as remessas de lucros e dividendos.

Na projeção do BC, as exportações brasileiras crescerão 9% em 2013, para US$ 265 bilhões. As importações, porém, terão alta de 12%, chegando a US$ 249 bilhões.

O resultado será um superavit de US$ 15 bilhões, 23% menor que o do ano passado. A previsão anterior era de um saldo de US$ 17 bilhões.

Caso a previsão do BC se confirme, o deficit apurado no ano significará um recorde histórico, considerando a série iniciada em 1947.

O maior valor verificado até hoje foi o de 2012, quando o saldo ficou negativo em US$ 54,3 bilhões. Desde 2008, as transações correntes vêm batendo recordes negativos.

Em fevereiro, o deficit foi de US$ 6,6 bilhões, o pior já registrado para o mês e quatro vezes o valor apurado em igual período de 2012. No acumulado do ano, o saldo negativo é de US$ 18 bilhões.

Para março, a projeção do BC é de novo deficit, de US$ 6,3 bilhões.

O cálculo das transações correntes no mês passado foi influenciado fortemente pelo aumento das remessas ao exterior, que somaram US$ 2,7 bilhões, o triplo do verificado em fevereiro de 2012.

A conta de serviços ficou negativa em US$ 3,2 bilhões. Já a balança comercial mostrou deficit de US$ 1,3 bilhão.

GASTOS NO EXTERIOR

Na conta de serviços, o destaque ficou para os gastos brasileiros no exterior, que atingiram a marca mais alta já registrada para o mês, de US$ 1,9 bilhão.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Túlio Maciel, a ampliação do deficit não preocupa por ora.

"Há maior demanda por bens e serviços do exterior. Ao mesmo tempo, significa transferência de poupança externa, e ela é fundamental para a ampliação dos investimentos no país."


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