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'Banco dos Brics' não deverá sair antes de 2016

Russos resistem a criar opção ao Banco Mundial

PATRÍCIA CAMPOS MELLO ENVIADA ESPECIAL A DURBAN

O banco dos Brics, que seria uma alternativa a instituições como o Banco Mundial, não deve sair do papel antes de 2016, e a Rússia é o país mais resistente à sua criação.

Os ministros das Finanças de Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul devem anunciar hoje, durante a cúpula dos Brics na cidade sul-africana de Durban, o resultado do estudo de viabilidade do banco e a intenção de ir em frente com a criação da instituição multilateral.

Brasil e Índia são os mais animados com o projeto. Mas a Rússia vê no banco pouca utilidade e pouco poder de fogo -estima-se que o capital inicial seja de US$ 50 bilhões.

"A Rússia recorreria menos ao banco porque já tem infraestrutura bem consolidada e menos desafios em educação e desenvolvimento; destoa dos outros", disse uma fonte do governo brasileiro envolvida nas negociações.

"Vamos dar continuidade ao estreitamento dos nossos laços econômicos porque hoje os países avançados estão crescendo pouco. Os Brics dependem mais de si mesmos", disse ontem o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao chegar a Durban.

Na visão do Brasil, o banco dos Brics teria atuação diferente de instituições como o Banco Mundial, que incluem várias condicionalidades e só financiam projetos que elas achem necessários.

ÁFRICA

Amanhã, os bancos de desenvolvimento dos Brics vão assinar dois acordos para financiar obras na África. O Brasil diz não temer que a competição com a China pelos recursos naturais africanos seja obstáculo para os projetos de cofinanciamento.

Ontem, o presidente chinês, Xi Jinping, reafirmou na Tanzânia a promessa de US$ 20 bilhões em empréstimos à África entre 2013 e 2015.

A presidente Dilma Rousseff chega hoje a Durban e se reunirá com Xi amanhã, após a plenária da cúpula. Mantega anuncia hoje a criação de uma linha de troca de moedas ("swap") com a China, no montante de US$ 30 bilhões. Ela poderá ser usada em emergências, como ocorreu na crise de 2008, quando houve retração no crédito mundial.

Também é esperado o anúncio do mecanismo de reservas contingenciais, que deve funcionar antes do banco dos Brics. Serão recursos emergenciais -para reduzir a dependência de órgãos como o FMI- e devem chegar a US$ 100 bilhões, com maior participação da China.


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