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Ataque a campus da Universidade de Damasco mata pelo menos 15
Morteiros atingiram departamento de arquitetura, em região próxima ao Ministério da Defesa
Governo Assad culpa os "terroristas" pelo atentado; insurgentes lançaram ação similar contra capital há 3 dias
Morteiros atingiram, ontem, a Universidade de Damasco, deixando ao menos 15 mortos e 20 feridos. As informações são confirmadas pela agência estatal de notícias e também pela oposição.
De acordo com o governo, os morteiros atingiram a cafeteria do departamento de arquitetura da universidade, localizada no distrito central damasceno de Baramkeh.
Ficam nas redondezas o Ministério da Defesa, o escritório central da agência de notícias e a residência oficial do ditador Bashar Assad.
Imagens de cadeiras, mesas, vidro estilhaçado e sangue foram exibidas pela televisão estatal Al Ikhbariya.
O governo culpa "terroristas" pelo ataque -termo pelo qual o regime de Assad se refere à insurgência que tenta, desde março de 2011, pôr fim ao seu regime. Segundo a ONU, mais de 70 mil pessoas morreram nesses dois anos de confronto civil violento.
O lançamento de morteiros tornou-se corriqueiro nessa região do país, conforme os conflitos vão se intensificando nesse bastião fundamental do regime sírio.
Com a escalada dos conflitos, a ONU anunciou na segunda-feira a retirada de metade de seu quadro internacional de Damasco. Um morteiro havia caído perto do hotel onde se hospedavam.
Na terça-feira, insurgentes dispararam morteiros contra Damasco deixando três mortos e dezenas de feridos.
Rebeldes cercam aos poucos a capital, formando um semicírculo ao seu redor e tentando pressionar as forças leais ao regime de Assad rumo ao centro da cidade.
O Exército sírio responde a esses ataques da insurgência bombardeando áreas na periferia de Damasco.
As informações a respeito do conflito na Síria não podem ser verificadas independentemente, devido a restrições à entrada de jornalistas impostas pelo regime sírio.
A agência de notícias Reuters ouviu, ontem, funcionários do governo turco que relataram que ao menos 600 sírios em campos de refugiados próximos à fronteira foram deportados após confrontos com a polícia, na sequência de protestos por melhores condições de vida nos campos. O governo da Turquia nega os relatos.