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Mandela tem recaída de infecção pulmonar
Ex-presidente da África do Sul foi internado; segundo comunicado oficial, está consciente e responde ao tratamento
É a terceira vez que o político de 94 anos tem de recorrer a hospitais nos últimos quatro meses
O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, 94, voltou a ser hospitalizado anteontem para tratar uma recaída em sua infecção pulmonar, informou ontem o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, em comunicado.
Também segundo informações oficiais, Mandela estaria "consciente" no momento de sua internação. Apesar do centro de tratamento não ter sido divulgado, há indícios de que ele estaria no Hospital Militar de Pretória.
No informe da presidência, Zuma desejou a Madiba (apelido de Mandela no país) uma rápida recuperação e pediu "aos sul-africanos e ao mundo" que rezem "por Mandela e sua família".
O presidente dos EUA, Barack Obama, também desejou melhoras a Mandela. Ontem, no fim do dia, a presidência sul-africana divulgou mais uma nota, afirmando que Mandela respondia positivamente ao tratamento.
Foi a terceira vez em quatro meses que o político, o primeiro presidente negro da África do Sul e ex-líder do partido Congresso Nacional Africano (CNA), foi hospitalizado.
Mandela passou 19 dias internado em dezembro de 2012 por causa de uma infecção no pulmão e, segundo o governo, também para retirar cálculos da vesícula. Ele voltou ao hospital no começo deste mês para fazer um checkup.
Ele -que durante 67 anos lutou contra o sistema racista do "apartheid", imposto pela minoria branca na África do Sul-, sofre de problemas respiratórios surgidos durante seus 27 anos de reclusão forçada pelo regime.
Mandela liderou o CNA durante as negociações que culminaram nas primeiras eleições democráticas do país em 1994 e ao final da hegemonia da minoria branca no país.
Ele teve sua última aparição pública no encerramento da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.
Os episódios recorrentes de recaídas da saúde de Mandela acontecem em um momento de tensão política na África do Sul. A situação foi provocada pelo enfrentamento de líderes do CNA e mineiros que realizavam greves e protestos. Em um episódio, 34 trabalhadores morreram.
Além disso, Zuma esteve em evidência pela acusação de ter gasto US$ 27 milhões de dinheiro público em uma propriedade particular.
