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Papa Francisco pede o fim da tensão entre as Coreias
Pontífice insta Seul e Pyongyang a superar diferenças para solucionar a crise
Em Nova York, cardeal defende abordagem da igreja contra casamento do mesmo sexo não se torne cruzada antigay
Em sua primeira mensagem de Páscoa, o papa Francisco pediu ontem que a Coreia do Sul e a Coreia do Norte superem suas divergências.
Diante de mais de 250 mil fiéis reunidos na praça São Pedro, o pontífice pediu que os dois países cheguem a uma solução diplomática para a crise que enfrentam.
"Paz na Ásia e, sobretudo, na península coreana: que os desacordos sejam superados e que um espírito renovado de reconciliação cresça", disse o papa, que também falou sobre a meio ambiente.
A crise entre as duas Coreias se intensificou nos últimos dias, depois que o Norte cortou linhas de comunicação com o Sul e ameaçou atacar o vizinho e seu aliado mais importante, os EUA.
O pontífice também pediu que a guerra civil na Síria chegue ao fim. Fez um alerta sobre a situação dos refugiados do conflito, dizendo que aguardam por "ajuda e consolo": "Quanto sangue derramado! E quanta dor ainda terá de ser causada antes que se consiga encontrar uma solução política para a crise?"
Francisco voltou a quebrar o protocolo quando, em vez de ler a lista de saudações de Páscoa em 65 idiomas, preparada pelo Vaticano, falou apenas em italiano.
Ele foi até a praça cumprimentar fiéis.
ABERTURA PRÓ-GAY
Nos EUA, um tema do feriado foram declarações do cardeal de Nova York, Timothy Dolan, que defendeu que oposição da igreja ao casamento gay não seja confundida com ataque ao grupo.
"Temos que melhorar para que nossa defesa do casamento não seja reduzida a um ataque aos gays. Admito: não temos sido bons nisso", disse à rede ABC.
"A primeira coisa a dizer a eles é: Amo vocês. E Deus ama vocês [...] Queremos a felicidade de vocês", disse ele, que preside a conferência episcopal dos EUA. "Mas Deus nos disse que o caminho para a felicidade, especialmente para o amor sexual, é feito para um homem e uma mulher."
