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Chipre terá pacote de medidas anticrise
Presidente anuncia benefícios para atrair investimentos ao país e cita instalação de cassinos entre os objetivos
Segundo jornal local, família de mandatário retirou do país € 21 milhões depositados em banco a ser liquidado
O presidente de Chipre, Nikos Anastasiadis, anunciou ontem um pacote de medidas urgentes para impulsionar a economia do país.
As iniciativas visam a combater o desemprego e atrair investimentos.
Em entrevista ao jornal cipriota "Fileleftheros", o mandatário afirmou que as medidas devem ser implementadas num prazo de três a seis meses.
Segundo Anastasiadis, entre as primeiras iniciativas do programa está a aprovação, no prazo de 30 dias, de todos os projetos de desenvolvimento pendentes.
O presidente também afirmou que pretende isentar de maneira permanente todos os impostos sobre reinvestimento empresarial no país e criar um ambiente mais propício para atrair o investidor estrangeiro, além de acelerar o trâmite legislativo para a abertura de cassinos.
DENÚNCIA
Segundo denúncia do jornal cipriota "Haravgi", ligado ao Partido Comunista Akel, familiares de Anastasiadis valeram-se de informação privilegiada e transferiram € 21 milhões (R$ 54 milhões) do banco Laiki a duas entidades financeiras em Londres. A transferência, ainda segundo o jornal, teria ocorrido três dias antes de um acordo firmado entre Chipre e a troica (União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) que prevê a liquidação do Laiki. Um familiar do presidente estaria no comando da empresa que realizou a operação. Anastasiadis nega as acusações e qualificou a reportagem como "uma tentativa de desorientar o povo".