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Hamas impõe segregação de gênero nas escolas de Gaza

Regras do grupo radical islâmico também afetam institutos ligados à ONU

De acordo com relatos da mídia, Khaled Mashaal foi reeleito por unanimidade chefe político do movimento

DIOGO BERCITO DE JERUSALÉM

Meninos e meninas não poderão mais estudar juntos a partir dos nove anos em Gaza, conforme anunciado ontem pelo Hamas, que controla esse território palestino.

As novas regras educacionais, que entram em vigor no próximo ano letivo, também vão impedir que homens lecionem nas escolas específicas para as garotas.

As diretrizes irão afetar também as escolas privadas e aquelas sob o cuidado de grupos cristãos e da ONU.

Parte do sistema de ensino na faixa de Gaza já é segregada, e a medida foi vista por defensores como a confirmação de uma tradição já observada nessa região.

"Nós somos um povo muçulmano. Estamos fazendo o que serve ao nosso povo e à nossa cultura", afirmou Walid Mezher, consultor legal do Ministério da Educação, à agência de notícias Reuters.

Para a ativista Zeinab al Ghoneimi, no entanto, a lei faz parte de um projeto para impor os valores do Hamas aos residentes de Gaza.

"Em vez de se esconder por trás de tradições, por que não dizem claramente que são islamitas e que querem islamizar a comunidade?"

O grupo radical islâmico tem se notabilizado por medidas conservadoras no território palestino.

LIDERANÇA

Apesar de ter anunciado planos de se aposentar, Khaled Mashaal foi reeleito chefe político do movimento extremista, segundo relatos publicados ontem.

A eleição para o cargo mais alto do Hamas, realizada a cada quatro anos, vinha sendo adiada desde 2012.

Até a conclusão desta edição, o Hamas não havia confirmado a informação, e havia a expectativa de que o anúncio da reeleição fosse ser feito apenas hoje cedo.

A cúpula do Hamas se reúne no Cairo e, de acordo com relatos, elegeu Mashaal por unanimidade -e sob aplausos do conselho eleitor.

Mashaal havia dito, anteriormente, que não pretendia ocupar o cargo outra vez. Ele é, no entanto, visto pela liderança do Hamas como uma opção estratégica, diante dos atuais desafios desse grupo.


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