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Desemprego do euro chega a 12% no início do ano

Índice recorde deve reforçar a pressão sobre Banco Central para reduzir juros e estimular a produção

A comparação com fevereiro de 2012 mostra que o número de pessoas sem trabalho aumentou 1,77 milhão

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

Apesar das previsões de recuperação da economia europeia, a crise deu ontem mais uma prova de que continua a produzir estragos no continente.

A taxa de desemprego nos 17 países da zona do euro foi de 12% em fevereiro, um recorde desde a adoção da moeda. É o mesmo patamar revisado do mês de janeiro, também divulgado ontem.

O índice deve reforçar a pressão sobre o Banco Central Europeu para voltar a reduzir os juros e estimular a retomada da produção.

Também é esperada nova pressão sobre os governos do bloco para afrouxar as medidas de austeridade, que têm cortado gastos públicos e benefícios sociais.

De acordo com a agência oficial Eurostat, a comparação com fevereiro de 2012 mostra que o número de pessoas sem trabalho na região da moeda única aumentou 1,77 milhão no período de apenas um ano.

No grupo de 27 países que integram a União Europeia, que inclui os que não usam a moeda única, o percentual de desempregados chegou a 10,9% em fevereiro, 0,1 ponto a mais que no mês anterior.

Os dados da zona do euro continuam a apontar Espanha e Grécia como os países mais sacrificados pela crise.

Em fevereiro, 26,3% dos espanhóis estavam desempregados. O dado grego mais recente é de dezembro, quando o índice foi a 26,4%.

Há um ano, os dois países já sofriam com a recessão, mas exibiam índices menores: 23,9% na Espanha e 21,4% na Grécia.

Em Portugal, que aparece em terceiro lugar no ranking de desempregados, a taxa saltou de 14,8% para 17,5% no período de 12 meses.

Considerando toda a União Europeia, o índice de desemprego aumentou em 19 países e caiu em apenas oito desde fevereiro de 2012.

As menores taxas pertencem a Áustria (4,8%), Alemanha (5,4%), Luxemburgo (5,5%) e Holanda (6,2%).

O fato de os alemães estarem sendo menos afetados pela crise do que os vizinhos do sul tem impulsionado protestos contra a chanceler Angela Merkel em outros países.

PESSIMISMO

Ontem, analistas europeus voltaram a usar tom de pessimismo ao falar sobre as perspectivas para a economia do continente.

"É muito provável que o desemprego ultrapasse os 12% nos próximos meses e chegue perto de 12,5% no fim do ano", disse Howard Archer, da consultoria IHS.

"As consequências econômicas e sociais do desemprego alto continuam a representar uma das maiores ameaças ao futuro da zona do euro", emendou Marie Diron, da agência Ernst & Young.


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