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Lula diz que Maduro deve ampliar sua base

A jornal, petista afirma que venezuelano terá de compensar falta de carisma de Chávez com atuação "orgânica"

Vídeo com endosso do brasileiro a chavista é exibido em comícios; opositores protestam contra uso da máquina

DE SÃO PAULO

Dias após recomendar voto em Nicolás Maduro na Venezuela, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que, uma vez no poder, o herdeiro de Hugo Chávez amplie alianças e tome decisões colegiadas para compensar a falta de carisma.

"Maduro será obrigado a ter uma política muito mais orgânica que Chávez", disse Lula em entrevista ao jornal uruguaio "La República".

"Ele precisará ter maior cuidado com as relações políticas e as alianças com outros setores, além de colocar mais pessoas em torno da mesa para conquistar a força que o carisma de Chávez construiu na Venezuela", seguiu.

Segundo o petista, Maduro "tem de se superar" e deve fazê-lo porque é um "ser humano extraordinário" e "está totalmente preparado" para seguir o projeto de Chávez, morto em 5 de março.

PETISTA EM COMÍCIO

As declarações de Lula seguem a divulgação de um vídeo preparado especialmente pelo brasileiro para reforçar a campanha de Maduro rumos às eleições do dia 14.

As imagens do petista, apresentadas na segunda-feira em Caracas, têm sido mostradas em telões na maratona de atos do ex-chanceler de Chávez, todos transmitidos pela TV estatal.

"Não quero interferir em um assunto interno da Venezuela, mas não posso deixar de dar meu testemunho" em nome do futuro da Venezuela e "em nome do Mercosul", diz o petista nas imagens.

Todos os eventos também exibem imagem de Chávez pedindo voto para Maduro.

Tanto no vídeo quanto ao "La República", Lula diz ainda que o desafio da Venezuela nos próximos anos é se industrializar e ficar autossuficiente na produção de alimento -duas áreas de parceria com o Brasil.

TENSÃO NA CAMPANHA

O apoio do petista a Maduro é mais um revés para o candidato oposicionista Henrique Capriles, com desvantagem entre dez e 18 pontos em relação ao chavista nas principais pesquisas de opinião.

Capriles, do centro-direitista Primeiro Justiça, diz se inspirar no "modelo brasileiro" de gestão, com ampliação do papel estatal sem embate com a iniciativa privada.

Também em maratona pelo país, os oposicionistas têm intensificado as acusações de que o governo usa dinheiro público e abusa de meios de comunicação estatais em campanha -não há prestação de conta pública de gasto eleitoral no país e os governistas jamais foram punidos pela autoridade eleitoral pelo uso da máquina.

A campanha de Capriles também tem pedido que se investigue a participação das Forças Armadas na campanha de Maduro, o que é vetado pela Constituição.


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