Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Tragédia na Argentina aumenta tensão entre Cristina e opositores

Presidente troca ofensas com dois candidatos à sua sucessão

DE BUENOS AIRES

As fortes chuvas que causaram pelo menos 59 mortes nas cidades de Buenos Aires e em La Plata aumentaram a tensão política na Argentina.

A tragédia tem motivado uma troca de farpas entre a presidente Cristina Kirchner e dois pré-candidatos à sua sucessão nas eleições de 2015, o prefeito da capital argentina, Mauricio Macri, e o governador da província de Buenos Aires, Daniel Scioli.

A tragédia ocorreu primeiro em Buenos Aires, onde houve oito mortes e cortes de luz em vários bairros. No dia seguinte, atingiu La Plata, onde causou 51 mortes.

As acusações começaram na terça-feira, quando Buenos Aires foi atingida. Membros da cúpula kirchnerista fizeram críticas a Macri por não realizar obras que conteriam as águas.

"O temporal foi anunciado 20 horas antes pelo Serviço Meteorológico Nacional, e a prefeitura não tomou providências. O que acontece é que Macri está de férias", disse o ministro do Planejamento, Julio de Vido. O prefeito estava em Trancoso, na Bahia, mas voou nas primeiras horas para Buenos Aires.

As posições se inverteram, porém, no dia seguinte, quando La Plata, importante reduto kirchnerista e cidade natal de Cristina, foi atingida.

A presidente, que não havia se pronunciado sobre a tragédia, viajou ao local de helicóptero, onde foi duramente vaiada. Ali, manteve uma fria reunião com Scioli, com quem está atritada.

"Cristina atuou com a miopia de sempre. Deveria ter feito um gesto de conciliação e chamado Scioli e Macri para percorrerem juntos as áreas atingidas. Mostrou total desprezo por Buenos Aires, abandonando a cidade", diz o analista político Nelson Castro.

Cristina limitou sua visita ao bairro em que nasceu em La Plata e à rua onde mora sua mãe, Ofelia Wilheim, que também ficou alagada.

A tragédia é a segunda de grande impacto a ocorrer no governo Cristina. Na primeira -o desastre de trem da estação do Once, em Buenos Aires, no qual morreram 51 pessoas em 2012-, Cristina preferiu ficar em silêncio e viu sua popularidade cair de 54% para menos de 40%.

(SYLVIA COLOMBO)


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página