Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Ritmo de criação de postos de trabalho nos EUA perde fôlego

Economia americana produziu 88 mil vagas em março, ante um total de 268 mil durante o mês de fevereiro

Número decepciona mercado, que estimava algo em torno de 200 mil novos postos; desemprego cai a 7,6%

JOANA CUNHA DE NOVA YORK

A criação de empregos nos Estados Unidos registrou em março seu pior desempenho em nove meses -sinal de alerta quanto à esperada recuperação da economia que, apesar do recente otimismo no mercado financeiro, demonstra falta de fôlego.

Cerca de 88 mil postos de trabalho foram adicionados no mês passado, ante 268 mil no dado revisado de fevereiro, segundo levantamento divulgado ontem pelo Departamento do Trabalho.

O número assusta quando se observa que a média esperada girava em torno de 200 mil, segundo o economista Alex Lima, que trabalhou no Fed em Nova York.

Menos desanimadora, a taxa de desemprego surpreendeu o mercado, que esperava manutenção, caindo de 7,7% para 7,6%. O patamar mais baixo, entretanto, é atribuído às pessoas que deixaram de procurar emprego.

A taxa ficou equilibrada entre homens (6,9%) e mulheres (7%), mas foi maior entre negros (13,3%) e hispânicos (9,2%) do que para brancos (6,7%), de acordo com o órgão.

O relatório aponta que existem atualmente 11,7 milhões de trabalhadores procurando vagas no país e, segundo especialistas, não inclui ainda efeitos dos cortes de gastos do governo.

A maior parte dos postos cortados pelo governo federal no mês correspondeu à reestruturação do serviço postal.

O novo cenário deve ser atentamente estudado pelo Fed, o BC americano, enquanto elabora um esperado desembarque de seu programa de compra de títulos, mas ainda há um longo caminho a seguir.

A autoridade tem mantido medidas como juros perto de zero, recompra mensal de US$ 85 bilhões em títulos e atrelamento da política monetária ao desemprego.

O que os investidores querem saber é quando tudo isso será desmontado para reorientar suas estratégias. No primeiro trimestre, o movimento em direção a ativos de maior risco foi reforçado levando as Bolsas americanas a níveis recordes, sempre com endosso dos bancos centrais.

Há ressalvas, porém, para o decepcionante resultado do emprego, segundo Lima. "Precisamos esperar os próximos indicadores, lembrando que os dados do consumo estão positivos", afirma.

"Todo o engessamento por conta da aprovação do Orçamento e o ajuste fiscal tiraram a dinâmica da economia. Mas a tendência é melhorar", diz Pedro Galdi, da SLW Corretora. O Dow Jones fechou ontem em queda de 0,28%. O Nasdaq recuou 0,65%.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página