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Papa promete ação 'decisiva' sobre abusos

Ao abordar o tema pela primeira vez, Francisco pede tolerância zero em casos de pedofilia envolvendo a igreja

Declarações foram recebidas com ceticismo por entidades de apoio a vítimas de religiosos católicos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O papa Francisco quer que a Igreja Católica "atue decisivamente" para eliminar os abusos sexuais de crianças por religiosos e garanta que os responsáveis sejam punidos, disse o Vaticano, ontem, em nota.

É a primeira vez que o papa se pronuncia sobre as denúncias em todo o mundo contra padres pedófilos. Francisco também pediu para que "todos aqueles que foram vítimas de violência no passado sejam ajudados".

Autoridades do Vaticano disseram que Francisco, em uma reunião com o chefe da Congregação para a Doutrina da Fé, arcebispo Gerhard Müller, declarou que combater o abuso sexual é importante "para a credibilidade da igreja". A congregação é a responsável por receber denúncias sobre o comportamento de clérigos.

O papa confirmou que preconizará a tolerância zero e convidou a hierarquia da igreja a promover "medidas de proteção dos menores", ressalta o comunicado divulgado pelo gabinete de imprensa da Santa Sé.

A declaração, no entanto, foi recebida com ceticismo por entidades de apoio a vítimas, como a americana Snap, que respondeu afirmando que "não podemos confundir palavras com ações", segundo comunicado.

ESCÂNDALOS

As primeiras denúncias de de abuso sexual na igreja -muitas das quais, envolvendo pedofilia- vieram à tona nos EUA, no início dos anos 2000.

Várias delas remontavam a décadas antes.

Em seguida, foram envolvidas as igrejas de vários países da Europa, sobretudo na Irlanda.

Nomes da cúpula do clero têm sido citados em escândalos, como o do cardeal Roger Mahony, arcebispo emérito de Los Angeles.

Ele foi acusado de proteger padres que cometeram abusos em sua diocese.

A igreja da América Latina também conheceu uma série de escândalos. Um dos mais famosos envolveu o fundador do movimento conservador dos Legionários de Cristo, o mexicano Marcial Maciel.

Em maio de 2011, a Congregação para a Doutrina da Fé havia dado o prazo de um ano às conferências episcopais do mundo para a adoção de diretrizes contra a pedofilia, incluindo a colaboração com a Justiça civil.

O procurador designado pela Santa Sé, Charles Scicluna, indicou recentemente que, em setembro, pelo menos 75% das conferências episcopais enviaram uma resposta à Santa Sé.


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