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Acusado, genro do rei espanhol é convidado a ser técnico no Qatar
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIASAcusado de desvio de recursos públicos, Iñaki Urdangarin, 45, genro do rei da Espanha, Juan Carlos, deve aceitar uma proposta para fazer parte da equipe nacional de handebol do Qatar, como um dos seus treinadores.
Ex-jogador de handebol, Urdangarin defendeu o Barcelona e, em três Olimpíadas, a seleção espanhola da modalidade, ganhando medalhas de bronze em Atlanta (1996) e Sydney (2000). Ele se casou em 1997 com a infanta Cristina, filha de Juan Carlos.
De acordo com o diário catalão "La Vanguardia", o genro do rei, que também tem o título de duque de Palma de Mallorca, foi convidado pelo técnico espanhol Valero Rivera para ser treinador-assistente da seleção do Qatar no caso de Rivera assumir o cargo.
A Promotoria Anticorrupção espanhola sinalizou que não planeja reter o passaporte de Urdangarin nem se opõe à sua ida para o país do golfo Pérsico desde que ele retorne à Espanha se for, eventualmente, chamado pela Justiça.
Cristina e os quatro filhos do casal, que vivem em Barcelona, devem ficar no país.
O genro do rei e seu ex-sócio Diego Torres são suspeitos de desviar € 6 milhões (R$ 15,6 milhões) em verbas públicas, por intermédio de uma entidade filantrópica, no período entre 2004 e 2006.
Na semana passada, a infanta chegou a ser convocada para depor, sob a suspeita de cumplicidade com as atividades do marido. A convocação, porém, foi suspensa porque o promotor considerou não haver provas suficientes do envolvimento da filha do rei.
O caso de Urdangarin, que eclodiu em 2011, foi um dos principais escândalos a abalar a popularidade da realeza espanhola em meio a um cenário de alto desemprego (de 26,3% em fevereiro) e crise econômica persistente.
Em abril de 2012, de modo inédito, o próprio rei pediu perdão por ter viajado a Botsuana, na África, para caçar elefantes num safári; ele fraturou o quadril na aventura.
