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Pyongyang alerta estrangeiros sobre guerra

Coreia do Norte diz que conflito nuclear é iminente e recomenda a cidadãos de outros países que deixem Coreia do Sul

Crescem rumores de novo teste de mísseis; EUA dizem que, se não oferecer perigo, artefato não será interceptado

MARCELO NINIO DE PEQUIM

"Devido às cada dia mais brutais hostilidades e ações em busca de uma guerra por parte dos EUA e dos fantoches belicistas sul-coreanos, a península Coreana está à beira da guerra termonuclear."

No estilo habitual, o regime da Coreia do Norte intensificou ontem suas ameaças e recomendou aos cidadãos estrangeiros que deixem a Coreia do Sul para escaparem de um confronto atômico.

A nota foi emitida em meio à expectativa de que semanas de retórica norte-coreana culminem num teste de mísseis, que poderia ocorrer hoje, segundo fontes sul-coreanas.

A ansiedade em torno do dia 10 de abril teve início depois que a Coreia do Norte marcou essa data para fechar o parque industrial de Kaesong, último projeto de cooperação com a Coreia do Sul.

Além disso, hoje expira o prazo dado pelos norte-coreanos para que os diplomatas estrangeiros decidam se deixam a capital, Pyongyang, após a advertência do regime de uma guerra iminente.

Apesar do alerta, estrangeiros residentes na capital, entre eles o embaixador do Brasil, Roberto Colin, disseram que não há sinais visíveis de preparação para uma guerra. Por ora, nenhum dos 24 países com representação em Pyongyang decidiu sair.

Para a maioria dos analistas, o risco de guerra é mínimo, e a escalada deriva sobretudo da necessidade de afirmação do jovem líder norte-coreano, Kim Jong-un, que tem cerca de 30 anos e governa há pouco mais de um ano.

O temor é que a escalada saia do controle, como alertou ontem o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon. Outra data aguardada com expectativa é 15 de abril, aniversário de nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, que poderia ser usada por seu neto, o atual líder, para demonstrar força.

A Coreia do Sul minimizou a advertência de Pyongyang, mas confirmou ter evidências de que o regime finalizou os preparativos para um lançamento de mísseis. "Tecnicamente, eles já podem fazê-lo amanhã [hoje]", disse uma fonte do governo citada pela agência sul-coreana Yonhap.

O almirante Samuel Locklear, comandante das forças americanas no Pacífico, disse acreditar que a Coreia do Norte tenha deslocado um número não especificado de mísseis Musudan, com alcance em torno de 5.000 km -incapazes de atingir o território continental norte-americano.

Segundo Locklear, os EUA podem optar por não interceptar os mísseis caso a trajetória projetada não se mostre perigosa. Sob anonimato, um funcionário da Casa Branca disse à agência Reuters que dois mísseis poderão ser lançados por Pyongyang.

Com agências de notícias


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