Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Em Seul, Kerry adverte a Coreia do Norte

Secretário de Estado dos EUA diz que lançamento de míssil seria 'um grande erro' e isolaria Pyongyang ainda mais

Chefe da diplomacia americana minimiza, porém, relatório que diz que Kim Jong-un já pode ter míssil nuclear

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Em visita a Seul, capital da Coreia do Sul, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou ontem que o ditador norte-coreano, Kim Jong-un, cometerá um "grande erro" se mantiver seus aparentes planos de lançar um míssil.

"Se Kim Jong-un decidir disparar um míssil, sobre o mar do Japão ou em qualquer outra direção, estará escolhendo obstinadamente ignorar toda a comunidade internacional", disse o sucessor de Hillary Clinton no comando da diplomacia americana.

"Será um grande erro de sua parte, já que isolará ainda mais o país", prosseguiu Kerry, acrescentando que os norte-coreanos querem alimentos, não um "líder que mostre seus músculos".

O secretário de Estado minimizou o relatório da Agência de Inteligência de Defesa, ligada ao Pentágono, segundo o qual os norte-coreanos já teriam tecnologia para usar armas nucleares em tamanho compatível com mísseis.

A existência do relatório foi divulgada anteontem por um deputado do Partido Republicano, oposição ao governo do presidente Barack Obama.

"É inexato sugerir que a Coreia do Norte já testou completamente ou desenvolveu esse tipo de capacidade", afirmou Kerry. Ouvido pela agência Reuters sob anonimato, um funcionário do governo dos EUA disse que o Pentágono vê o relatório da agência como "preliminar".

Kerry chegou ontem a Seul, na sua primeira visita à Coreia do Sul desde que assumiu o cargo, num ambiente marcado pela tensão após contínuas ameaças de guerra e de um teste de mísseis por parte dos norte-coreanos. Ele se reuniu com seu colega sul-coreano, Yun Byung-se.

O secretário também viajará nos próximos dias à China e ao Japão, em uma tentativa de obter compromissos para pressionar Pyongyang a que abandone suas hostilidades --atualmente, os chineses são os principais aliados da Coreia do Norte, ditadura comunista e um dos países mais fechados do mundo.

Ontem, Barack Obama exigiu que os norte-coreanos ponham fim à sua "postura beligerante" e declarou que Washington está disposta a tomar "todas as medidas necessárias" para proteger o país e seus aliados na região.

O secretário-geral da Otan (aliança militar ocidental), Anders Fogh Rasmussen, que está em Seul desde anteontem, pediu que Pyongyang cesse as provocações e disse que elas representam uma ameaça à segurança e à estabilidade internacional.

CHAMAS NUCLEARES

Também ontem, o regime de Kim Jong-un ameaçou o Japão com represálias nucleares caso o país se envolva de alguma forma em um eventual conflito na península ocupada pelas duas Coreias.

A agência oficial do regime norte-coreano, KCNA, classificou de provocadoras as declarações de Tóquio dizendo que poderia interceptar um míssil lançado por Pyongyang e advertiu que isso poderia deixar o Japão envolvido em "chamas nucleares".

Em resposta, um porta-voz do Ministério da Defesa japonês afirmou que o país está pronto para responder a qualquer cenário. "O que podemos dizer é que vamos tomar todas as medidas possíveis."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página