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Guerras motivaram atentado, alega suspeito

Segundo imprensa americana, Dzhokhar Tsarnaev estaria contrariado com ações militares no Iraque e Afeganistão

Acusado pelas bombas na maratona de Boston, ele segue no hospital; seu estado foi de grave a estável, dizem médicos

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

Dzhokhar Tsarnaev, 19, o sobrevivente dos dois irmãos acusados pelo atentado na maratona de Boston, disse que foi motivado pelas guerras promovidas pelos americanos no Iraque e no Afeganistão e por crenças religiosas de que deveria abraçar uma guerra santa contra os Estados Unidos.

Segundo fontes no governo americano relataram ao jornal "Washington Post" e à rede CNN, Tsarnaev negou envolvimento com organizações terroristas internacionais no atentado que matou três pessoas e feriu mais de 250 na segunda-feira da semana passada. Disse que ele e o irmão organizaram os atentados sozinhos.

O hospital Beth Israel, em Boston, anunciou ontem que melhorou o estado de saúde de Tsarnaev, de grave para estável. Ele está internado lá desde que foi capturado na sexta-feira com ferimentos na cabeça, no pescoço, nas pernas e na mão. No mesmo hospital são tratadas 11 vítimas do atentado em estado grave.

Tsarnaev tem respondido às questões dos investigadores movendo a cabeça. Só falou uma vez para dizer "não" quando questionado se tinha condições de pagar um advogado. O governo nomeou três defensores públicos para representá-lo.

Os irmãos prepararam os atentados por meses. Segundo o jornal "The New York Times", Tamerlan Tsarnaev, o irmão mais velho de Dzhokhar morto em tiroteio com a polícia, teria comprado explosivos em uma loja em Seabrook, a uma hora de Boston.

O dono da loja disse ao jornal que Tamerlan pediu "o mesmo que 90% dos compradores do sexo masculino: qual é a coisa mais poderosa que vocês têm aqui?".

VIAGEM À RUSSIA

Investigadores americanos foram para o sul da Rússia para ouvir os pais dos dois acusados. Eles moram no Daguestão, uma república no Cáucaso onde atuam forças insurgentes contra militares russos.

A mãe de Dzhokhar e Tamerlan, Zubeidat Tsarnaev, declarou à CNN que seus filhos não cometeram o atentado e estão sendo acusados "por serem muçulmanos".

O FBI continua a ser muito criticado na mídia americana por não ter seguido a pista de Tamerlan, mesmo depois de o serviço de inteligência russo ter pedido informações sobre ele. Tamerlan esteve na Rússia entre janeiro e junho de 2012.

A Comissão de Inteligência do Senado planeja ouvir hoje diretores do FBI, que terão de explicar o que ocorreu.


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