Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mundo

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Cameron vê indício de crime de guerra sírio

Para premiê britânico, comunidade internacional tem de agir contra Assad, que estaria usando armas químicas

Obama pede cautela, mas diz que a utilização desses artefatos seria algo que "mudaria o jogo" no conflito

BERNARDO MELLO FRANCO DE LONDRES

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, disse ontem que os erros da Guerra do Iraque não podem levar a comunidade internacional a cruzar os braços diante dos indícios de que o governo sírio estaria usando armas químicas contra civis.

Ele chamou a prática de "crime de guerra" depois de o jornal britânico "The Times" publicar fotos de supostas vítimas de ataques com gás sarin em Aleppo, a cidade mais populosa da Síria.

Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama voltou a avisar que o uso dessa arma, se confirmado, "mudará o jogo" contra o regime do ditador Bashar Assad.

O governo de Bashar Assad sempre negou o uso de agentes como o gás sarin. Ontem, o ministro da Informação sírio, Omran Zubi, disse que a oposição é quem faz uso de armas químicas no país.

Em Londres, Cameron afirmou à BBC que a sombra do Iraque, em 2003, não pode paralisar os líderes ocidentais frente a abusos na Síria.

Há dez anos, EUA e Reino Unido foram acusados de iniciar uma guerra sem provas de que o regime de Saddam Hussein estaria usando armas de destruição em massa.

"Eu me preocupo com isso", disse Cameron. "Acho que essa lição [do Iraque] foi aprendida. Mas é muito importante que os líderes desta geração vejam o que está acontecendo na Síria, e que nos perguntemos o que mais podemos fazer", afirmou.

"Escolho as palavras com cautela, mas o que eu vejo se parece muito com um crime de guerra sendo cometido no nosso mundo, neste momento, pelo governo sírio."

O premiê disse, no entanto, que não planeja enviar tropas britânicas ao país. "Não quero ver isso. E não acho que é provável que aconteça."

Em Washington, Obama disse que o momento requer prudência, mas afirmou que há "alguns indícios" do uso de armas químicas na Síria. Ele disse que os serviços de inteligência foram mobilizados para confirmar se esse recurso está sendo usado.

"Isso é algo que mudará o jogo", disse. "Temos que agir de forma prudente. Mas não podemos ficar parados e permitir o uso sistemático de armas químicas contra civis."

O vice-ministro de Relações Exteriores de Israel, Zeev Elkin, disse que os EUA não têm outra opção senão recorrer a uma ação militar.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página