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Deputados trocam agressões na Venezuela

Opositores acusam chavistas de ferir sete parlamentares com socos; governistas culpam a direita pela violência

Tumulto começou após oposição ter seu direito à palavra suspenso até reconhecer Maduro como presidente do país

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Parlamento venezuelano foi ontem palco do mais recente confronto causado pelo clima de tensão política instaurado após a eleição do chavista Nicolás Maduro à Presidência.

Durante uma sessão regular, deputados governistas e opositores trocaram socos dentro do plenário. Segundo a oposição, ao menos sete parlamentares de sua bancada saíram feridos.

A confusão começou após os opositores terem seu direito à palavra negado na sessão. A decisão foi tomada pelo presidente da Assembleia Nacional, o chavista Diosdado Cabello, em retaliação ao não reconhecimento do governo de Maduro pela oposição.

Segundo os membros da opositora MUD (Mesa de Unidade Democrática), os governistas partiram para cima de seus deputados assim que eles começaram a protestar contra a imposição de Cabello. Já os chavistas acusam os opositores de iniciar a violência.

Com o olho roxo e o rosto inchado, o deputado Julio Borges disse ao canal Globovision não ter sido o único agredido. "Eles podem nos bater, nos prender, nos matar, mas nossos princípios não se vendem", afirmou. "Esses golpes nos dão mais força."

Em seu Twitter, Borges acusa o deputado Michael Reyes, do chavista PSUV (Partido Socialista Unido de Venezuela), de tê-lo espancado quando tentava abrir um cartaz com os dizeres "Golpe no Parlamento".

O deputado opositor Dinorah Figuerah disse que o colega Américo De Grazia teve de ser levado à enfermaria do Congresso após o confronto. "Ele foi agredido de forma selvagem ao tentar me proteger dos golpes dos governistas."

O chavista Pedro Carreño, do PSUV, acusou os opositores de agredir "vários" parlamentares governistas. "Hoje vivemos mais um ato fascista dentro do parlamento venezuelano, mais um ato de violência que eles encabeçaram. Eles, encabeçados pelo candidato perdedor [ das eleições presidenciais, Henrique Capriles]", disse Carreño.

Logo após o início da confusão, a transmissão da sessão foi interrompida pela ANTV, emissora oficial do Parlamento e único canal que tem acesso ao plenário.

Segundo Cabello, até que os deputados opositores reconheçam "a vontade soberana do povo", terão que falar à mídia privada. "Não aqui, nesta Assembleia Nacional."

A oposição, liderada por Capriles, não reconhece os resultados das eleições do dia 14 de abril, em que Maduro venceu por uma diferença de 1,49 ponto percentual.

O CNE (Conselho Nacional Eleitoral) anunciou que fará auditoria sobre 100% dos votos, mas não vai atender aos pedidos da oposição e nem considerar as provas de irregularidades apresentadas.


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