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Evo expulsa agência de desenvolvimento dos EUA da Bolívia

Para presidente, Usaid trabalha com fins 'políticos' no país; embaixador e agência antidrogas já haviam sido retirados

O anúncio foi feito no Dia do Trabalho, quando Evo geralmente decreta a estatização de empresas estrangeiras

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Seguindo sua tradição de anunciar decisões de cunho nacionalista no dia 1º de Maio, o presidente boliviano, Evo Morales, disse ontem que expulsará a Usaid (agência dos EUA para o desenvolvimento) do país.

Segundo Evo, a agência trabalhava com "fins políticos e não sociais" na Bolívia e "manipulava dirigentes, usando companheiros com esmolas".

"Decidimos expulsar a Usaid da Bolívia, que vá embora da Bolívia", disse em seu discurso do Dia do Trabalho.

"Certamente os EUA pensaram que aqui poderíamos ser manipulados politicamente, economicamente. Isso era em tempos passados", disse.

Segundo a Usaid, a agência investiu, desde sua chegada à Bolívia, em 1964, cerca de US$ 2 bilhões em projetos de educação, saúde, agricultura, desenvolvimento econômico e meio ambiente.

O orçamento deste ano para o país era de U$ 26,7 milhões e incluía o projeto de despoluição das margens do lago Titicaca, o maior da Bolívia.

Em 2008, Evo expulsou a Usaid da região do Chapare, produtora de coca e seu bastião político. No mesmo ano, expulsou ainda o então embaixador dos EUA, Philip Goldberg, por suspeitas de interferência em temas internos.

Três anos depois, foi a vez da DEA (agência antidrogas dos EUA), que havia gasto US$ 20,4 milhões no combate ao narcotráfico no país em 2010.

Em comunicado, a Usaid negou as denúncias. Disse ter trabalhado para um "relacionamento baseado no respeito mútuo" com a Bolívia. "Essa ação demonstra que o governo boliviano não está interessado nessa visão."

Nos últimos anos, Evo anunciou estatizações no 1º de maio. Em 2012, foi a empresa Transporte de Eletricidade (TDE), de capital espanhol.

Ontem, ele também assinou um decreto para aumentar seu salário em 20%, até cerca de R$ 5.220.

Evo anunciou as medidas dois dias após a Justiça aprovar sua candidatura a um terceiro mandato em 2014.


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