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EUA prendem 3 por ligação com suspeito de atentado em Boston

Colegas de faculdade jogaram fora mochila de Dzhokhar Tsarnaev depois de ataque que matou 3

Estudantes não sabiam previamente de bomba, dizem advogados; dois deles foram indiciados por obstrução da Justiça

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

Acusados de ligação com o suspeito do atentado terrorista na maratona de Boston, que matou três pessoas e feriu outras 260 no último dia 15, três novos suspeitos foram presos e indiciados ontem.

Dois ex-colegas de Dzhokhar Tsarnaev --o sobrevivente dos irmãos acusados pelas bombas-- foram indiciados por "conspiração para a obstrução da Justiça e destruição de provas".

Nascidos no Cazaquistão e fazendo faculdade nos EUA, Azamat Tazhayakov e Dias Kadyrbayev, ambos de 19 anos, são acusados de terem ido ao dormitório de Dzhokhar e jogado fora uma mochila com explosivos e um laptop que pertenciam a ele.

Eles estavam acompanhados por um terceiro jovem, o americano Robel Phillipos, 19 --também indiciado, sob a acusação de mentir ao FBI durante as investigações.

Os dois podem pegar até cinco anos de prisão e uma multa de US$ 250 mil. O americano pode ter uma pena de até oito anos de prisão e uma multa com o mesmo valor.

Os advogados dos dois cazaques já afirmaram que eles não sabiam do atentado previamente. Um deles tinha o visto já expirado e o outro não estava frequentando as aulas, como requer o visto de estudante. Os três rapazes estudam engenharia na mesma Universidade de Massachusetts-Dartmouth onde Dzhokhar estudava.

'AJUDA AO AMIGO'

O trio revelou aos investigadores que na quinta-feira, dia 18, logo após a divulgação pela TV das fotos dos principais suspeitos, os irmãos Tsarnaev, eles foram ao dormitório de Dzhokhar.

Tiraram dali uma mochila com explosivos abertos e sem pólvora, um tubo de vaselina e folhas de papel com lições da faculdade e a jogaram em um latão de lixo próximo, no complexo em New Bedford onde os rapazes moram.

Kadyrbayev e Tazhayakov admitiram que concordaram em jogar fora a mochila ao reconhecer o colega nas imagens como um dos suspeitos do ataque terrorista.

"Queríamos ajudar nosso amigo a evitar problemas", disse um deles, em depoimento. Eles trocaram mensagens pelo celular com o principal suspeito mesmo depois de reconhecê-lo pela TV.

A mochila foi recolhida por um caminhão de lixo, mas foi recuperada pelo FBI em um lixão, segundo o inquérito.

Phillipos mudou sua versão: primeiro, ele disse às autoridades nunca ter estado no dormitório de Dzhokhar. Em outro interrogatório, porém, o americano admitiu que esteve lá para pegar a mochila do colega.

Os dois universitários do Cazaquistão conheceram Dzhokhar em 2011, quando entraram na universidade, e se tornaram mais próximos dele no ano passado, inclusive visitando outros parentes da família Tsarnaev na região de Boston.

Tsarnaev foi indiciado por usar "armas de destruição em massa", pelas duas bombas instaladas em panelas de pressão recheadas de pregos.

Ele pode ser condenado à pena de morte. Seu irmão mais velho, Tamerlan, 26, foi morto em confronto com a polícia quando ambos tentavam escapar da cidade.


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