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Ataque nos EUA era planejado para Dia da Independência

Atentado foi antecipado porque bombas ficaram prontas antes, disse suspeito à polícia, segundo 'New York Times'

Dzhokhar Tsarnaev declarou ao FBI que ele e o irmão viam sermões de islâmico radical; não há indícios de contato

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Dzhokhar Tsarnaev, 19, suspeito de cometer o atentado à maratona de Boston que matou três pessoas e feriu 260 no dia 15 de abril, disse ao FBI (polícia federal americana) que ele e o irmão planejavam o ataque para 4 de julho, Dia da Independência dos EUA.

A informação foi divulgada ontem pelo site do jornal "The New York Times" e atribuída a duas fontes envolvidas na investigação, cujos nomes não foram revelados.

Tamerlan Tsarnaev, 26, foi morto em confronto com a polícia quatro dias depois do atentado, horas antes de seu irmão Dzhokhar ser capturado --o Tsarnaev mais novo permanece hospitalizado.

Segundo as fontes ouvidas pelo "New York Times", Tamerlan e Dzhokhar optaram por construir as bombas caseiras utilizadas no ataque à maratona --com panelas de pressão e pedaços de metal-- no apartamento do Tsarnaev mais velho em Cambridge, cidade próxima a Boston.

Como as bombas ficaram prontas antes do que eles esperavam, os irmãos decidiram antecipar o ataque para 15 de abril, Dia dos Patriotas no Estado de Massachusetts.

Sempre de acordo com as fontes anônimas do "NYT", eles percorreram Boston de carro à procura de lugares para o ataque até optar pela rua Boylston, onde ficaria a linha de chegada da maratona.

O "New York Times" informa que Dzhokhar deu o depoimento divulgado ontem em 21 de abril, dois dias depois de ser capturado, ferido, em Watertown, subúrbio de Boston --agentes do FBI o interpelaram no hospital assim que recobrou a consciência.

CLÉRIGO RADICAL

Dzhokhar também declarou às autoridades que ele e seu irmão assistiam pela internet aos sermões do clérigo radical Anwar al Awlaki.

Cidadão americano e dirigente de um braço da rede terrorista Al Qaeda, Awlaki foi morto em 2011 no Iêmen por um ataque de drone (avião não tripulado) dos EUA. Até ontem, não havia indícios de contato entre os Tsarnaev e o clérigo radical.

As autoridades tentam agora descobrir se a viúva de Tamerlan, Katherine Russell, teve alguma participação no planejamento do atentado ou ajudou o marido e o cunhado a escaparem da polícia depois do ataque à maratona.

Segundo o deputado democrata William Keating, investigadores acreditam que Tamerlan tenha se encontrado com ao menos um militante conhecido, Mahmoud Nidal, na sua estada de seis meses no Daguestão, em 2012.

O Daguestão é uma república russa fronteiriça à Tchetchênia, no Cáucaso.


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