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Ex-secretária cita Cristina em lavagem de dinheiro
Presidente é acusada de saber de esquema
A secretária particular do ex-presidente argentino Néstor Kirchner, morto em 2010, envolveu a presidente Cristina Kirchner no escândalo de lavagem de dinheiro revelado há três semanas pelo jornalista Jorge Lanata.
Em depoimento transmitido pelo programa de Lanata no domingo, Miriam Quiroga disse que Cristina sabia do esquema armado por seu marido e empresários aliados para tirar, ilegalmente, dinheiro do país. "As notas chegavam em bolsas", afirmou.
Quiroga trabalhou na Casa Rosada entre 2003 e 2010, quando foi demitida em meio a boatos de que teria tido um caso com Néstor. "Cristina sabia. Muito desse dinheiro foi usado para construir a casa em que agora vive, em Santa Cruz [província no sul do país]", disse ela.
O personagem principal do esquema é o empresário Lázaro Báez, dono de empresas que ganharam licitações de obras no sul da Argentina.
Segundo Leonardo Fariña, um testa de ferro de Báez, mais de € 50 milhões teriam saído do país por meio de paraísos fiscais da América Central. De lá, o dinheiro seguia para contas na Suíça.
Ontem, a deputada opositora Elisa Carrió levou as fitas do programa à Justiça e cobrou investigação. Cristina não respondeu às acusações.
