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Turquia cobra ação da ONU após ataques

País prende nove suspeitos de atentados que causaram 46 mortes no sábado e os acusa de ligação com regime sírio

Governo diz ter provas de que responsáveis por explosões têm relação com a Síria; Damasco nega envolvimento

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Turquia anunciou ontem a prisão de nove supostos envolvidos com os ataques com carros-bomba que no sábado mataram 46 pessoas em Reyhanli, perto da fronteira com a Síria. O governo afirmou que os detidos têm ligação com o regime do país vizinho e pediu ação internacional para resolver o conflito.

Os oficiais do governo não deram detalhes sobre a identidade dos suspeitos ou sobre sua ligação com o regime do ditador sírio Bashar al-Assad, mas disseram ter declarações por escrito dos detidos que comprovam a acusação.

Damasco negou qualquer ligação com os atentados. "A Síria nunca teve e nunca terá responsabilidade por esse tipo de ação porque nossos valores não permitem isso", disse Omran al-Zoubi, ministro de Informação sírio.

O governo turco também relacionou os atentados ao "silêncio internacional" em torno dos conflitos no país vizinho, onde rebeldes tentam derrubar Assad há mais de dois anos.

Desde o início da guerra civil, ao menos 82 mil pessoas já morreram, segundo dados divulgados ontem pelo Observatório Sírio de Direitos Humanos, em Londres.

"O ataque mostra como uma faísca se transforma em fogo quando a comunidade internacional se mantém em silêncio e o Conselho de Segurança da ONU não age", afirmou o chanceler turco, Ahmet Davutoglu.

"É hora de a comunidade internacional agir em conjunto contra esse regime", disse.

Os Estados Unidos e a Rússia -que apoia o governo de Assad- se comprometeram a retomar os esforços para pôr fim à guerra civil síria.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, deve reunir-se na quinta-feira com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em Washington.

Erdogan diz que seu país tem provas do uso de armas químicas por parte do regime sírio. No ano passado, Obama afirmou que o uso desses armamentos seria uma "linha vermelha" que os Estados Unidos não permitiriam que Assad cruzasse.

Os atentados também têm implicações internas para o governo turco. O país abriga mais de 300 mil refugiados sírios e tem apoiado os grupos que lutam para tirar Assad do poder.

A cidade de Reyhanli é usada como centro de apoio e de tráfico de armas para os rebeldes. Além disso, muitos sírios que escaparam da guerra civil no país vizinho alugaram casas no local.

Ontem, carros e casas pertencentes a sírios sofreram ataques, em protesto pela presença dos refugiados.

Na localidade de Antakya, próxima a Reyhanli, houve manifestações contra o apoio do governo aos rebeldes, o que estaria fazendo com que grupos radicais tivessem acesso ao país.


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