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Análise

Impopular em 1999, ex-premiê sofrerá pressão para recompor um país dividido

VICTOR MALLET DO “GUARDIAN”

Muitos dos que celebram a vitória eleitoral de Nawaz Sharif, que o levará ao seu terceiro período como líder do Paquistão, parecem ter se esquecido de quão impopular ele era 14 anos atrás -ou são jovens demais para lembrar.

Houve escassos protestos quando o general Pervez Musharraf derrubou Sharif, em 1999. Paquistaneses trocaram doces para festejar sua saída, e uma pesquisa mostrou o apoio inicial de três quartos do país ao golpe do Exército.

Nesta eleição, Sharif se aproveitou do desgosto com a corrupção e a incompetência da gestão do presidente civil Asif Ali Zardari e da angústia com as centenas de mortos pelos extremistas do Taleban.

Assim que formar o governo, ele enfrentará desafios em várias frentes: terá de salvar a economia, lidar com o terrorismo e também mostrar que os seus métodos mudaram.

"Houve um grande suspiro de alívio [na época do golpe]", lembra o analista político Hasan Askari Rizvi. "Sharif estava minando todas as outras instituições. Brigou com os militares e a Suprema Corte."

Aqueles que apoiam a volta do ex-premiê afirmam que ele teve tempo para refletir durante seu período na oposição.

Sharif prometeu tornar o Paquistão menos dependente de ajuda externa, mas reconhece que uma de suas primeiras tarefas será obter acordo com o FMI para evitar a crise no balanço de pagamentos.

O pleito também comprovou a divisão regional do país. Sharif terá de ajudar outras províncias e não ser acusado de favorecer a sua, Punjab, como nos mandatos anteriores.


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