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Casa onde mulheres ficaram 10 anos presas atrai curiosos

Americanos aproveitam fim de semana para conhecer cativeiro em Cleveland

Vítimas agradecem por apoio recebido, mas pedem privacidade; irmãos de suspeito negam saber do crime

JOANA CUNHA ENVIADA ESPECIAL A CLEVELAND

Escondida em um bairro pobre habitado principalmente por imigrantes porto-riquenhos, a estreita avenida Seymour, em Cleveland, atraiu dezenas de curiosos no primeiro fim de semana após a libertação de três jovens mantidas reféns por cerca de dez anos na casa do ex-motorista Ariel Castro, 52.

Enquanto portas e janelas do imóvel eram lacradas para preservar a cena do crime, americanos de vários Estados aproveitavam a folga para espiar de longe o cativeiro de Amanda Berry, Michelle Knight e Georgina DeJesus, libertadas há uma semana.

"Só queria fazer um pouco parte disso", explicou Katie Moore, de câmera na mão. Muitos posavam para fotos, sorrindo, com a casa de Ariel Castro ao fundo. "Castro é resultado do sistema. Temos de fazer a revolução para eliminar o ódio do homem pela mulher", dizia Bill Swain, que tentava vender panfletos comunistas por US$ 2 (R$ 4).

Enquanto isso, as vítimas de Castro agradeciam pelo apoio, mas pediam privacidade, em comunicado lido pelo advogado das famílias.

Ontem também foi a vez de os irmãos do sequestrador falarem sobre o caso. Depois de aparecerem em TVs do mundo todo ao lado de Ariel, com uniforme de custódia, Onil e Pedro Castro foram soltos pela polícia na semana passada.

Em entrevista à rede CNN, engravatados, disseram que, se soubessem dos crimes do irmão, teriam denunciado. "Vou ficar marcado. Mas quem me conhece sabe que eu seria incapaz de uma coisa dessas", lamentou Onil.


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