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Obama defende vigilância sobre a mídia

Presidente invoca segurança nacional para monitorar jornalistas e diz que é preciso 'equilíbrio' na liberdade de imprensa

Casa Branca também nomeou novo chefe da Receita, acusada de investigar oposição política com mais rigor

RAUL JUSTE LORES DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Barack Obama, reagiu ontem à série de escândalos que afetam a Casa Branca dizendo que não vai "se desculpar" por medidas adotadas contra o vazamento de informações sobre segurança nacional para a imprensa do país.

"Vazamentos em segurança nacional podem pôr em risco homens e mulheres de uniforme [militares]", disse.

O governo está sendo alvo de críticas por ter monitorado no ano passado 20 número de telefones da Associated Press, após a agência de notícias ter recebido a informação de que a Al Qaeda no Iêmen preparava um ataque a um avião rumo aos EUA.

O presidente disse considerar um desafio "encontrar um equilíbrio apropriado entre a liberdade de imprensa e a segurança nacional".

Acrescentou, porém, que "uma imprensa livre e o fluxo aberto de informação fazem com que eu e o governo sejamos responsáveis por nossos atos e ajudam a nossa democracia a funcionar".

Obama disse manter a confiança em seu secretário da Justiça, Eric Holder, cuja pasta foi a responsável pelo monitoramento dos telefones.

O presidente também está sendo atacado pelo fato de o IRS (a Receita Federal americana) ter sido excessivamente rigoroso com as contas de grupos conservadores.

Três comitês do Congresso investigam denúncias de que agentes faziam monitoramento mais rigoroso de ONGs ultraconservadoras, de oposição ao governo, quando pediam isenção de impostos.

A acusação de discriminação política derrubou o chefe da Receita anteontem. O novo comandante do IRS, o Fisco americano, será Daniel Werfel, atual diretor do Escritório de Administração e Orçamento. Ele tomará posse na próxima quarta-feira, dia 22.

"O povo americano merece ter o máximo de confiança em seu governo. Trabalhamos para chegar ao fundo do que aconteceu no IRS e restaurar a confiança. Danny tem experiência e capacidade gerencial para liderar a agência neste momento importante", declarou o presidente americano.

ATENTADO NA LÍBIA

Os escândalos da Receita e do monitoramento de jornalistas acabaram ofuscando um episódio anterior --o governo teria escondido uma série de enganos antes e depois do ataque que matou o embaixador americano na Líbia, Christopher Stevens, em Benghazi, em setembro do ano passado, além de falhas na segurança da embaixada.

"Peço ao Congresso que trabalhe conosco e apoie nosso pedido de Orçamento, para dar mais segurança a postos diplomáticos. Temos de honrar os sacrifícios dos que morreram em Benghazi", disse Obama, repetindo a estratégia de culpar o Congresso por não votar o Orçamento.

Para o governo, a oposição republicana tenta atingir Hillary Clinton, que era secretária de Estado quando o atentado ocorreu e é apontada como favorita à sucessão de Obama pelos democratas.


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