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EUA avisam Brasil de troca de embaixador

Thomas Shannon já comunicou que "em breve" será formalizado o pedido ao Brasil de aprovação de seu sucessor

Diplomata se esforçou pessoalmente pelo aumento e facilitação dos vistos americanos para brasileiros

ELIANE CANTANHÊDE COLUNISTA DA FOLHA

O governo dos Estados Unidos comunicou ontem ao Brasil que trocará seu embaixador em Brasília ainda neste ano, provavelmente antes da visita de Estado (categoria diplomática mais alta concedida a governantes estrangeiros) que a presidente Dilma Rousseff fará a Washington, em outubro.

A mudança está dentro do cronograma normal de trocas de titulares.

O atual embaixador, Thomas Shannon, já comunicou ao chanceler Antonio Patriota que "em breve" será formalizado o pedido de "agrément" (aprovação) para o seu sucessor. Não deu nomes nem uma data específica.

Shannon e Patriota conversaram em paralelo ao encontro oficial que o chanceler brasileiro teve ontem com o secretário de Estado, John Kerry, em Washington, exatamente quando foi confirmada a viagem de Dilma ao país no segundo semestre.

Diplomata de carreira, com mestrado e doutorado em Ciência Política pela universidade de Oxford, Thomas Shannon, 55, foi confirmado como embaixador em Brasília na véspera do Natal de 2009 e chegou ao país no início do ano seguinte.

Seu nome muito bem recebido pelas autoridades e pela diplomacia brasileira.

Casado com uma guatemalteca, Shannon já servira em Brasília entre 1989 e 1992, como assessor especial do então embaixador, e fala português fluentemente.

Além disso, ele foi secretário de Estado adjunto para o Hemisfério Ocidental --uma função chave para o Brasil-- entre 2005 e 2009.

Sua escolha para Brasília foi considerada uma deferência e um "upgrade" para o cargo.

No seu período em Brasília, Shannon recepcionou o presidente Barack Obama e a então secretária de Estado Hillary Clinton, que esteve no país mais de uma vez. Ele se esforçou pessoalmente pelo aumento, facilitação e desburocratização dos vistos dos Estados Unidos para viajantes brasileiros, conseguiu a abertura de consulados em Porto Alegre e Belo Horizonte e prevê a emissão de um milhão de vistos no país neste ano.

Também no período Shannon aprofundaram-se acordos entre Brasil e EUA, sobretudo em três áreas, educação, defesa e segurança, inclusive com vistas à Copa do Mundo e à Olimpíada.

O fecho de ouro de Shannon no Brasil, porém, não está confirmado e é apenas uma expectativa: a de que a presidente Dilma Rousseff aproveite sua visita a Obama para anunciar a opção brasileira pelos caças F-18 da norte-americana Boeing para a renovação das aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira).

O processo de escolha dura mais de dez anos, já está no seu terceiro governo no Brasil (FHC, Lula e agora Dilma) e, nesta segunda fase, tem três finalistas. Além do caça da Boeing, disputam ainda o Rafale da França e o Gripen NG da Suécia.


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