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Análise

Presidente procura redefinir estratégia contra os terroristas

SIMON TISDALL DO "GUARDIAN"

Barack Obama evocou a perspectiva de um final eventual à perpétua e em grande medida oculta "guerra ao terror" global iniciada por seu predecessor, George W. Bush, em resposta aos ataques do 11 de Setembro.

Mas, ao mesmo tempo em que prometeu transparência maior no contraterrorismo, o fechamento do gulag de Guantánamo e restrições aos assassinatos seletivos cometidos por meio de drones, o discurso de Obama em Washington deixou claro que, pelo menos durante sua Presidência, os Estados Unidos vão continuar a utilizar meios unilaterais, extrajudiciais e letais para neutralizar qualquer pessoa que o país considere que representa uma ameaça à sua segurança nacional.

Agora, em seu segundo mandato, Obama parece estar decidido a gradualmente desacelerar e diminuir a ênfase sobre a "guerra ao terror" (termo que ele rejeitou), baseado no argumento de que a Al Qaeda foi enfraquecida, mesmo que não tenha sido totalmente derrotada, e que as defesas dos EUA estão mais temíveis que nunca.

Obama não está declarando vitória completa. Não está propondo uma solução. Como poderia fazê-lo, com os ataques na maratona de Boston ainda provocando repercussões violentas?

Em lugar disso, ele parece querer institucionalizar e administrar o problema, à sua maneira típica de professor.

Por essa e outras razões, Obama se deixou vulnerável à acusação de querer chupar cana e assobiar ao mesmo tempo. Sua promessa em relação a Guantánamo suscita incredulidade, considerando que ele vem fazendo promessas semelhantes desde antes de ser eleito pela primeira vez, em 2008.

Ele diz que vai limitar os ataques com drones, mas, ao mesmo tempo, procura dotar essas operações de um caráter respeitável, argumentando que são "necessárias, legais e justas".


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