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Chefe do FMI depõe por 13 horas à Justiça francesa e retorna hoje

Lagarde é questionada por acordo supostamente lesivo ao Estado

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A diretora-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Christine Lagarde, prestou ontem um depoimento de quase 13 horas à Justiça francesa, em Paris, sobre seu papel no pagamento de um caso de arbitragem na época em que ela comandava o Ministério das Finanças da França.

A chefe do Fundo retornará hoje à corte, que deve decidir se ela será tratada como testemunha do caso ou se vai ser formalmente investigada --passo correspondente ao do indiciamento no Brasil.

A história remonta a 1993, quando o empresário Bernard Tapie processou o Estado por se considerar lesado na venda de sua participação na empresa de material esportivo Adidas ao banco Crédit Lyonnais, então estatal.

Ministro na gestão do presidente socialista François Mitterrand (1981-1995), mais tarde Tapie passou a apoiar o mandatário conservador Nicolas Sarkozy (2007-2012).

Foi justamente no governo de Sarkozy que o empresário e o Estado entraram em um acordo, arbitrado por Lagarde, que resultou no pagamento de US$ 366 milhões (R$ 746 milhões) a Bernard Tapie.

A atual diretora-gerente do FMI não é acusada de obter vantagem pessoal no caso: o questionamento da Justiça é sobre o suposto caráter lesivo ao Estado do acordo, com possível desvio de fundos.

Lagarde nega ter agido incorretamente ao optar pela arbitragem, e seu advogado diz que ela só aprovou a proposta de acordo da holding estatal criada para assumir a dívida do Crédit Lyonnais.

Em comunicado, o porta-voz do FMI, Gerry Rice, disse que o Fundo "continua a expressar confiança na capacidade da diretora-gerente de cumprir com seus deveres".

Primeira mulher a dirigir o FMI, Lagarde assumiu o cargo em 2011, depois da renúncia do também francês Dominique Strauss-Kahn, envolvido em um escândalo sexual.


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