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Ilustrada - em cima da hora

Polanski encerra a disputa em Cannes em grande estilo

Último a ser exibido, longa do cineasta franco-polonês que adapta peça de David Ives arranca fortes aplausos

'La Vénus à la Fourrure' tem apenas dois atores em um antigo teatro, numa história sobre a montagem de uma peça

RODRIGO SALEM ENVIADO ESPECIAL A CANNES

Quando o Festival de Cannes revelou a competição de 2013 e programou "La Vénus à la Fourrure" (vênus em casaco de pele), de Roman Polanski, para o último dia, uma data ingrata para os filmes, que encaram um júri cansado, muitos acreditaram que o cineasta franco-polonês só bateria o ponto na Croisette.

Não foi o que aconteceu na manhã de ontem. A adaptação da peça de David Ives, que faz releitura bem-humorada e metalinguística do livro homônimo de Leopold von Sacher-Masoch (1836""1895), arrancou aplausos entusiasmados do público no Grand Théâtre Lumière.

"La Vénus à la Fourrure" segue a linha teatral de "Deus da Carnificina" (2011), seu trabalho anterior, de forma ainda mais radical. Só há dois atores (Mathieu Amalric e Emmanuelle Seigner) dentro de um antigo teatro. Seigner, a senhora Polanski, interpreta uma atriz que tenta convencer o diretor (Amalric) de uma peça baseada na obra de Sacher-Masoch que ela é perfeita para o papel.

Sexy, com visual de periguete francesa e disparando uma pergunta idiota atrás da outra, Vanda aos poucos vai convencendo o pomposo autor de que há muito mais por baixo da superfície banal.

É quando o jogo de dominação entre atriz e diretor, mulher e homem, ficção e realidade começa a se confundir, criando situações hilárias sobre dramaturgia.

"Eu domino meus atores", mandou Polanski na entrevista após a sessão. "Mas eles nunca reclamam."

O Festival de Cannes termina hoje com a cerimônia de entrega da Palma de Ouro e a exibição do filme "Zulu", com Orlando Bloom.

PRÊMIOS

A mostra paralela Um Certo Olhar anunciou ontem seu vencedor _"The Missing Picture", em que o cambojano Rithy Panh volta a tratar dos crimes do Khmer Vermelho, desta vez em primeira pessoa, abordando os efeitos do regime sobre sua família.

O prêmio da crítica foi para "La Vie d'Adèle", de Abdellatif Kechiche, sobre uma adolescente que se vê apaixonada por outra mulher.


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