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Cristina Kirchner passa por cirurgia hoje

Presidente argentina fará drenagem de um coágulo na parte externa do cerébro; o vice, Amado Boudou, assume

Equipe médica decide operá-la após constatar que problema já afetava a força do braço da mandatária de 60 anos

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

A presidente Cristina Kirchner, 60, será submetida na manhã de hoje a uma cirurgia na cabeça para a drenagem de um coágulo na parte exterior do cérebro. O vice-presidente, Amado Boudou, assumirá o comando do país por 30 dias.

Cristina foi diagnosticada no sábado com um hematoma subdural crônico (quando há acúmulo de sangue próximo à meninge dura-máter, que fica entre o crânio e o cérebro), consequência de uma queda que teria sofrido em 12 de agosto. A Presidência não informa como foi o acidente.

No domingo à noite, de repouso na residência oficial de Olivos, ela começou a sentir um formigamento no braço esquerdo. Os médicos verificaram que ela estava perdendo força nesse membro, um dos sintomas da compressão cerebral. Ontem, ela deu entrada no hospital Fundação Favaloro, em Buenos Aires.

O boletim médico informou que a proposta inicial de repouso de 30 dias foi alterada para a cirurgia, mas não deu detalhes.

"Essa é uma operação comum e de baixo risco, já que é em uma parte externa do cérebro. Normalmente dura cerca de uma hora e são feitos três ou quatro orifícios na calota craniana para drenar o sangue", explica à Folha o neurocirurgião Santiago Gonzalez Abbati, da Universidade de Buenos Aires.

O pós-operatório tampouco é complicado, de acordo com o neurologista Ignacio Previgliano. "Como a cirurgia não mexe com o cérebro, a recuperação costuma ser rápida", diz.

REPERCUSSÃO POLÍTICA

O afastamento de Cristina do cargo acontece a menos de três semanas das eleições legislativas do país. A maioria das pesquisas indica que a base governista sofrerá uma dura derrota.

O principal candidato de oposição na província de Buenos Aires, Sergio Massa, ex-chefe da Casa Civil de Cristina, enviou uma mensagem de solidariedade via Twitter.

"Nosso desejo de uma pronta recuperação à presidenta da República", escreveu Massa.

Outro opositor, o deputado Ricardo Alfonsín, divulgou mensagem parecida: "Nossos respeitosos desejos para que tudo saia bem e a presidente possa se recuperar logo".

O presidente Rafael Correa, do Equador, também mandou um "abraço solidário" à presidente argentina. Outros mandatários, como Dilma Rousseff, Nicolás Maduro (Venezuela) e Juan Manuel Santos (Colômbia), já haviam enviado mensagens de apoio.

Antes de ir para o hospital ontem, Cristina passou o domingo de repouso na residência de Olivos, nos arredores de Buenos Aires, ao lado da mãe, Ofelia Wilhem, dos filhos, Máximo e Florencia, e da cunhada, Alicia Kirchner.


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