Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Mais 2 barcos afundam com imigrantes
Desastres perto de Malta e do Egito deixam ao menos 39 mortos; vítimas tentavam cruzar ilegalmente para Europa
Naufrágios ocorrem dias após tragédia perto da ilha de Lampedusa que deixou mais de 300 africanos mortos
Uma semana após um naufrágio matar mais de 300 imigrantes que tentavam chegar à Europa pelo Mediterrâneo, dois episódios semelhantes foram registrados ontem, provocando a morte de ao menos 39 pessoas.
O caso mais grave ocorreu ao sul de Malta e da ilha italiana de Lampedusa, quando uma embarcação com cerca de 250 imigrantes a bordo afundou. Segundo o governo maltês, ao menos 27 pessoas morreram. Agências de notícias falaram em 50 mortes, incluindo crianças.
Já na costa do Egito, um naufrágio de um barco que tentava a travessia até a Europa matou ao menos 12. Outras 116 pessoas foram resgatadas com vida.
Os desastres se sucedem no momento em que o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, Acnur, alerta para a escalada do número de imigrantes que tentam fugir da pobreza e da instabilidade política no norte da África e Oriente Médio.
Segundo a agência, 30.100 imigrantes chegaram à Itália e a Malta até 30 de setembro deste ano, contra metade da cifra em 2012 inteiro. A Acnur diz que sem uma resposta coletiva da Europa novas tragédias são inevitáveis.
Ontem, o primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, afirmou que é hora de agir: "É um problema da Europa, não só de Malta ou da Itália", cobrando ajuda financeira.
As autoridades maltesas participaram do socorro ao barco que afundou a cerca de 130 km da ilha, entre a Sicília e a Tunísia. O país solicitou ajuda à Capitania dos Portos da Itália. Cerca de 150 pessoas foram resgatadas por um navio maltês e outras 50 puderam ser salvas por um navio militar italiano.
O acidente aconteceu a cerca de 110 km da ilha italiana de Lampedusa onde, em 3 de outubro, um outro barco com cerca 500 imigrantes ilegais afundou.
