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Análise

Retomada da retórica maoista inclui reedição do 'Livro Vermelho'

TANIA BRANIGAN DO "GUARDIAN"

O livro não será especialmente pequeno, e a capa será só em parte vermelha. A nova versão do segundo livro mais impresso do planeta chegará às livrarias chinesas em novembro, décadas após ter perdido importância com o fim do maoismo.

O ressurgimento de "Pensamentos do Camarada Mao", mais conhecido como "O Livro Vermelho", vem em meio a uma retomada oficial da retórica daquela era, pelo presidente Xi Jinping, que lançou uma campanha de "retificação em massa".

Só a Bíblia tem mais exemplares em circulação que "O Livro Vermelho", no passado uma das peças-chave do culto à personalidade de Mao.

Durante a Revolução Cultural, havia 1 bilhão de cópias do livro em circulação, e a população o folheava atentamente em sessões diárias de estudo; lavradores analfabetos decoravam trechos da obra; e no Ocidente versões traduzidas eram brandidas pelos radicais.

Mas o frenesi político desapareceu, e a produção do livro havia praticamente cessado ainda antes da morte de Mao. Depois dela, como resultado do processo de reformas e abertura iniciado pela China, as autoridades começaram a destruir cópias.

A nova versão da obra chegará às livrarias chinesas no mês de novembro, pouco antes do 120º aniversário de nascimento de Mao --dezembro de 1893.

As edições mais conhecidas são as versões militares, com capas de plástico vermelho e páginas em formato reduzido que permitiam que o livro fosse carregado no bolso de um uniforme --o que explica o apelido que ele recebeu no Ocidente.

Muita gente conhecia o livro bem o suficiente para citar trechos pelo número da página, e as citações se tornaram armas para uso em todos os confrontos políticos. Mao continua a ter lugar de honra na China moderna. Mas o retorno à terminologia de sua era vem causando confusão e em alguns casos preocupação aos observadores.


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