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Cristina recebe alta após 6 dias internada

Presidente argentina foi operada para a retirada de coágulo da cabeça e está com 'ânimo excelente', diz porta-voz

Médicos recomendam 'estrito repouso' nos próximos 30 dias; eleição legislativa é daqui a duas semanas

LÍGIA MESQUITA DE BUENOS AIRES

Após seis dias de internação, Cristina Kirchner, 60, teve alta ontem do hospital Fundação Favaloro, em Buenos Aires. A presidente da Argentina passou por uma cirurgia na cabeça na terça, para a retirada de um coágulo.

Às 13h40, a comitiva presidencial, que incluía os dois filhos de Cristina, Máximo e Florencia, deixou o centro médico com destino à residência oficial de Olivos, no subúrbio de Buenos Aires.

Segundo o boletim médico, a presidente deverá guardar um "estrito repouso" pelos próximos 30 dias. Nesse período, não poderá viajar de avião e terá um rigoroso controle clínico e cardiovascular. Na quinta, deverá retirar os pontos da cabeça.

"Como a cirurgia e o hematoma dela não afetaram o cérebro, a recuperação é tranquila. Ela não deve fazer nenhum esforço físico, mas pode andar dentro de casa", diz à Folha o neurologista Ignacio Previgliano, professor-titular da Universidade de Maimónides, em Buenos Aires.

Ao comunicar a alta da mandatária, o porta-voz da Presidência, Alfredo Scoccimarro, disse que ela continuava com o ânimo excelente. "Ela manda um grande beijo e demonstra afeto por todos que rezaram por ela aqui e no mundo", disse.

SEM RESPOSTA

Durante o período que Cristina esteve internada, a Presidência não deu informações de como foi a cirurgia --quantos orifícios foram feitos no crânio, quantos pontos ela levou-- nem avisou quando ela deixou a UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Outro fato ainda não revelado é como teria sido o acidente que provocou o traumatismo craniano na presidente e, por consequência, o hematoma subdural crônico (acúmulo de sangue entre duas meninges do crânio).

O candidato kirchnerista a deputado por Buenos Aires Martín Insaurralde contou a um programa de TV que Cristina tropeçou enquanto arrumava presentes e brinquedos do neto, Néstor Iván, nascido em julho deste ano.

VOTOS NÃO MUDAM

O repouso da presidente começa nas duas semanas que antecedem a eleição legislativa no país, marcada para o dia 27, domingo.

Ontem, o jornal "La Nación" publicou uma pesquisa da consultoria Poliarquía em que se perguntou aos eleitores se eles mudariam de voto por causa da saúde de Cristina. Para 95% dos 1.500 entrevistados, a doença dela não alterará seus votos daqui a duas semanas.

A coligação de Cristina, a Frente para a Vitória, perdeu as primárias em agosto e as últimas sondagens apontam uma derrota para o kirchnerismo na próxima eleição.


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